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  • Futuro Comestível: Protótipos para uma nova alimentação

    Da Redação em 07 de Dezembro de 2018    Informar erro
    Futuro Comestível: Protótipos para uma nova alimentação
    Local: Museu do Amanhã
    ENDEREÇO: Praça Mauá, nº 1, Centro
    DETALHES: De 09/12/18 a 31/03/19 | De terça a domingo das 10h às 18h
    LINK: Clique aqui e visite o site
    Futuro Comestível: Protótipos para uma nova alimentação é a nova mostra temporária do Museu do Amanhã e  introduz a temática de alimentação, que será explorada ao longo de 2019. 
     
    A mostra é resultado da residência artística de Chloé Rutzerveld, futurista de alimentação holandesa, no Laboratório de Atividades do Museu do Amanhã | LAA, com apoio do Consulado Geral dos Países Baixos.
     
    Especialistas apontam escassez de recursos naturais para um futuro próximo. Enquanto isso, a população do planeta Terra aumenta. Como iremos alimentar 10 bilhões de pessoas na década de 2050 com igualdade, qualidade e sustentabilidade? 
     
    A exposição explora novas formas de criar alimentos, com tecnologia de fabricação digital em que as comidas seriam montadas na ordem que são digeridas, usando menos recursos naturais (como terra, água e energia) e com menos desperdício, já que atualmente nem todos os nutrientes são absorvidos pelo corpo humano.
     
    O protótipo desse novo sistema alimentar utilizaria micronutrientes criados a partir de fungos e algas.
     
    Com uma abordagem interdisciplinar, Futuro Comestível combina ainda aspectos de design e ciência.
     
    A partir do uso criativo de tecnologias como impressão 3D e encapsulamento, no futuro seria possível alimentar uma população cada vez maior e ainda oferecer formas altamente funcionais e customizáveis para necessidades ou objetivos nutricionais de cada um – como atletas, pessoas vulneráveis, astronautas, entre outros – mas claro, com um toque brasileiro.
     
    Neste protótipo apresentado na exposição temporária, a comida seria montada em camadas, dentro de cápsulas que se dissolveriam na ordem em que os elementos são processados no nosso sistema digestivo. 
     
    A cápsula básica teria cerca de cinco milímetros de diâmetro e seria construída a partir de níveis de cada nutriente: carboidratos, proteínas, lipídios e micronutrientes.
     
    Outra forma seria utilizar o carboidrato como um invólucro, e no interior, em tamanhos menores, os demais nutrientes protegidos por uma membrana para que sejam digeridos no local designado no corpo. Dessa forma, a comida teria um aspecto mais similar ao prato original que conhecemos.
     
    "A proposta é facilitar essa possível fase de transição, oferecendo comida que pareça mais familiar ao paladar, como uma feijoada, por exemplo. Ou seja, embora os ingredientes possam parecer aos de uma feijoada, todos os componentes seriam fabricados digitalmente a partir de nutrientes de origem alternativa, explica Marcela.
     
    Protótipos para uma nova alimentação sugere dois métodos para a criação de micronutrientes: uma com a ajuda de microalgas e a outra usando fungos modificados, chamado de "carvão de milho". Nesses sistemas, os nutrientes seriam colhidos, desidratados, triturados e guardados em pó para a produção das cápsulas alimentares funcionais.
     
    Spirulina, chlorella e scenedesmus são exemplos de microalgas que produzem macronutrientes adequados ao consumo humano. Além de fornecer carboidratos, proteínas e lipídios, também contêm antioxidantes e micronutrientes (vitaminas e minerais).
     
    O outro método não-convencional seria desenvolver o cultivo, em grande volume, de milho, batata ou trigo para servirem como hospedeiros para fungos que contêm nutrientes. A inspiração para esse método vem do "carvão do milho", uma alteração causada pelo Ustilago maydis, um fungo parasita que se propaga pelas espigas do milho – e considerado uma iguaria no México, por exemplo. Para escalar essa produção, esses fungos poderiam ser modificados e cultivados em células climatizadas controladas, instaladas em edifícios abandonados.
     
    "Em 2030, os agricultores vão cultivar proteínas e colher carboidratos em vez de cultivar gado e colher batatas", prevê Chloé.
     
     
     
     


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