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  • Monólogo Frida Kahlo, a deusa tehuana

    Da Redação em 09 de Maio de 2017    Informar erro
    Monólogo Frida Kahlo, a deusa tehuana
    Local: Centro Cultural Parque das Ruínas
    ENDEREÇO: Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa
    CONTATO: (21) 2215-0621
    DETALHES: De 06 a 28/05/17 | Sáb às 19:30h e Dom às 19h | Ingresso: R$ 40 e R$ 20 (meia)
    Frida Kahlo, a deusa tehuana é um monólogo livremente inspirado no diário e na obra da pintora mexicana, que desconstrói o mito para apresentar uma Frida mais humana, bem diferente da figura pop e ícone gay na qual foi transformada no mundo inteiro.Alguns artistas ultrapassaram a popularidade adquirida com seu trabalho e tornaram-se sua melhor arte. Frida Kahlo pintou sua própria face um sem número de vezes no corpo de uma obra intensamente auto-referenciada. Teatralizou a sua própria existência, foi a expressão maior de luta superação mesmo trazendo consigo as maiores dores – físicas e existenciais. No lugar do luto, vestiu-se de cores.

    A montagem do espetáculo foi longa e incluiu uma viagem de Rose e Luiz Antônio ao México, visitando a cidade do México, Oaxaca, Teothihuacan, na qual encontraram a Frida que queriam montar. A pintora que transformou a dor em arte estava despida para dar vida à deusa tehuana.

    “Tudo o que é óbvio sobre Frida, eu excluí da dramaturgia. Queria justamente algo que não estivesse nos registros oficiais da história, que mergulhasse no sentimento mais profundo de uma mulher que queria ser mãe e não conseguiu, que era frágil e, ao mesmo tempo, forte e determinada. Colocamos o inédito, o que as pessoas sequer imaginam, como a sua relação com os médicos e a descoberta da colecionadora de arte Dolores Olmedo”, adianta Luiz Antonio Rocha.

    A peça abre com o prólogo de Dolores Olmedo Patiño, marchand que possui a maior coleção de Frida Kahlo e Diego Rivera no mundo. Responsável por preservar e difundir o acervo do casal. Dolores e Frida nunca foram amigas; duas mulheres apaixonadas pelo mesmo homem, uma colecionadora de arte, a outra a expressão da própria arte.

    Ao falar sobre o que a inspirou a viver Frida Kahlo no teatro, Rose comenta que “há uma similaridade entre as culturas mexicana e brasileira, especificamente a nordestina, em que estão as minhas raízes. Sou de Riacho do Meio, uma cidadezinha do interior da Paraíba. Foi aí que me inspirei, nesse povo guerreiro, nas histórias de mulheres cheias de vida e coragem.” E sobre porque reviver Frida hoje, Rose diz que “a importância de reviver essa história está na autenticidade da mulher à frente do nosso tempo. Frida é a desmedida das coisas, está fora dos padrões estabelecidos. Viver Frida é encarar a vida e a morte com a mesma grandeza.”

    A peça volta em cartaz com uma novidade, o diretor resolveu incluir uma nova cena com a carta que Frida escreveu ao presidente do México, uma crítica ferrenha que vai de encontro com o momento atual: “Há uma coisa que não está escrito em nenhum código; é a consciência cultural de um povo. A consciência cultural de um povo, senhor presidente, não permite que a Capela Sistina de Michelangelo seja transformada num prédio de apartamentos, que a Grande Esfinge do Egito seja demolida para construção de uma praça pública, que a Pirâmide do Sol, erguida pelos Maias, seja adulterada e transformada num mosaico de pedras(...) Sei que a lei não garante como deveria a propriedade artística de ninguém, ela é e sempre foi flexível(...)”

    Em cena, Rose Germano é acompanhada pelo músico Eduardo Torres, que toca violão e realejo.

    Dramaturgia: Luiz Antonio Rocha e Rose Germano 

    Encenação: Luiz Antonio Rocha

    Atuação: Rose Germano

    Músico: Eduardo Torres

    Foto: Renato Mangolin

    Duração: 60 minutos

    Classificação: 16 anos Gênero: Drama



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