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Nara – A menina disse coisas, musical sobre Nara Leão
Da Redação em 18 de Maio de 2018 Informar erroLocal: Sala Municipal Baden Powell ENDEREÇO: Av. N. S. de Copacabana, 360, Copacabana CONTATO: 21 2547-9147 DETALHES: Temporada: de 24/05 a 15/06/18 | quintas e sextas, às 20h | Ingressos: R$50 e R$25 (meia) LINK: Clique aqui e visite o site Musical sobre Nara Leão, cantora, multifacetada que saiu de cena em 1989, após lutar por anos contra um aneurisma. “Nara – A menina disse coisas” é um espetáculo escrito pelo jornalista Hugo Sukman em parceria com o diretor e ator Marcos França, dupla do elogiado “Deixa a dor por minha conta”, sobre Sidney Miller. A personagem será vivida por Aline Carrocino, também produtora da montagem, idealizada pelo jornalista Christovam de Chevalier. Aline divide a cena com França, que personifica os papéis masculinos, e mais três músicos. A montagem tem direção artística de Priscila Vidca e musical de Guilherme Borges.O texto aborda momentos marcantes da vida da artista entremeando-os com mais de 15 canções, todas significativas do seu repertório. O ponto de partida é um show de Carlos Lyra em idos dos anos 80, quando o cantor é surpreendido pela presença de Nara na platéia. Ela sobe ao palco e, na hora de cantar, tem um dos seus lapsos de memória, mais e mais comuns. Essa característica é o artifício para a primeira das muitas mudanças de tempo na trama. E a vida da cantora começa a ser esmiuçada, sem, contudo, seguir uma ordem cronológica.Entre as passagens, sua emancipação aos 16 anos (seu pai defendeu a independência feminina), seu encontro com Ronaldo Bôscoli, com quem romperia relações em seguida (e consequentemente com a bossa nova), a descoberta do aneurisma, sua aproximação do samba de morro, das canções de protesto, da Tropicália e o exílio na França, de onde, volta apaziguada com a bossa nova e com outros clássicos do cancioneiro brasileiro, os quais visitaria já consagrada.Nara tinha o hábito de anotar alguns de seus sonhos num caderno. E parte desses registros também foi usada pelos autores, que os costuram a declarações da artista, muitas delas à grande imprensa, além de fontes outras como o poema escrito por Carlos Drummond de Andrade para a cantora – e do qual os autores tiraram o título para o musical. Drummond é, aliás, um dos muitos personagens interpretados por Marcos França, que dá voz também ao pai de Nara e a nomes como Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli, entre outros tantos.O roteiro inclui canções como “Primavera” (Lyra e Vinicius), “Carcará” (João do Vale, do emblemático show “Opinião”), “Se é tarde me perdoa” (Lyra e Bôscoli) e canções daquele que foi o compositor mais presente no repertório da intérprete: Chico Buarque. São músicas como “João e Maria”, “Soneto”, “História de uma gata” (do musical “Os saltimbancos”, apresentado no hoje extinto Canecão) e, claro, “A banda”, a primeira das muitas canções que gravaria do autor. O compacto com essa música, vale dizer, vendeu 50 mil cópias – feito que desbancou Frank Sinatra na época.Desbancar o cantor favorito de Bôscoli foi apenas um dos muitos feitos de Nara Leão. Uma cantora que abriu portas para suas colegas de geração e às vindouras. Uma mulher que não se deixou calar ou abater – nem nos seus momentos finais.
Idealização: Christovam de ChevalierDramaturgia: Hugo Sukman e Marcos FrançaDireção: Priscila VidcaDireção Musical: Guilherme BorgesElenco: Aline Carrocino e Marcos FrançaFotografia: Janderson Pires
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