ARTE E CULTURA >> Teatro
-
“rINOCERONTEs” no Teatro Dulcina
Da Redação em 22 de Maio de 2018 Informar erroLocal: Teatro Dulcina ENDEREÇO: Rua Alcindo Guanabara 17 CONTATO: 21 2240 4879 DETALHES: De 03/05 a 03/06/18 – de quarta a domingo, às 19h | Ingressos: R$20 e R$10 LINK: Clique aqui e visite o site Baseada na obra do do dramaturgo absurdista Eugène Ionesco, a peça “rINOCERONTEs” apresentada pelo Coletivo Errante trata de temas como manipulação da informação, discursos de ódio e despersonalização.Com direção de Luiza Rangel e orientação de Eleonora Fabião, a montagem é composta por jogos que invertem a lógica cotidiana da cena. No palco, oito atores investigam corpo, transformação, imagem, monstruosidade e absurdo após um rinoceronte invadir a cidade e desencadear uma série de estranhas metamorfoses, em que os seres humanos se transformam em bichos selvagens.Vencedora do Prêmio Yan Michalski (Questão de Crítica) nas categorias Ator (Davi Palmeira) e Especial (Arte Sonora) e do Festival Internacional de Teatro de Blumenau – FITUB – nas categorias Espetáculo, Direção, Ator (André Locatelli e Davi Palmeira) e Desenho Sonoro, “rINOCERONTEs” investiga a dramaturgia de Eugène Ionesco, criando diálogos com o momento atual. O texto é dos anos 1960, uma época marcada por uma forte disseminação de regimes totalitários na Europa. Segundo relatos, o autor escreveu a obra quando um número grande de seus colegas aderiu a movimentos fascistas.A diretora Luiza Rangel considera o texto bastante atual por tratar de temas como manipulação da informação e a proliferação de discursos de ódio. “Não é na passagem do rinoceronte pela cidade, ou mesmo na metamorfose, que reside o absurdo. É na desumanização devastadora que se revela na construção da cena e na evolução do espetáculo. Muita coisa aconteceu no Brasil, politicamente falando, nos últimos anos. Quais são os rinocetontes da nossa atualidade?”, questiona a diretora. “Mergulhamos no Ionesco observando as imposições invisíveis de controle, a intensa massificação, a guerra de informações e a priorização do objeto em detrimento do humano. O desejo, nesta montagem, é despertar reflexões sobre regimes de relação e de convívio”, completa.Nascido dentro do curso de Direção Teatral da UFRJ, o espetáculo é dividido em três atos. Cada um deles é marcado por uma atmosfera específica, intensificada pelos efeitos de luz, pela composição sonora – manipulada ao vivo a partir da captura de sons do próprio espaço de apresentação – e pelo uso do plástico como elemento disparador de experiências sensoriais.SINOPSE – Dois amigos marcam um encontro em um café. A conversa é interrompida por um estrondoso ruído de animal. Um rinoceronte invade a cidade e desde então começam a acontecer estranhas transformações. Ser rinoceronte torna-se o desejo daqueles que ainda se encontram em estado humano.Foto: Maíra Barillo
-
ARTE E CULTURA QUE PODEM TE INTERESSAR
Espetáculo “Menina Mojubá” humaniza a trajetória de pombagira e desconstrói preconceitos
Saiba Mais ‘Entre Franciscos, O Santo e o Papa’, um diálogo entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis
Saiba Mais Peça: “A História de Kafka e a Boneca Viajante” em temporada no Rio
Saiba Mais
-
COMENTE AQUI
O QUE ANDAM FALANDO DISSO:
- Seja o primeiro a comentar este post
-