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Sacco e Vanzetti
Da Redação em 30 de Maio de 2016 Informar erroLocal: Armazém da Utopia ENDEREÇO: Orla Prefeito Luiz Paulo Conde - Armazém 6 - Centro DETALHES: De 3 de junho até 3 de julho de 2016. sextas 20h, sábados e domingos 19h.
LINK: Clique aqui e visite o site Sob direção de Luiz Fernando Lobo e espaço cenográfico de J.C. Serroni, a encenação parte do célebre caso de Nicola Sacco e Bartolomeu Vanzetti, sapateiro e peixeiro, imigrantes italianos, acusados e condenados injustamente por assassinato, em 1921, e mortos na cadeira elétrica em 1927, nos Estados Unidos.
A dramaturgia tem como ponto de partida o texto Sacco y Vanzetti de Mauricio Kartun e da farta documentação que existe sobre o julgamento histórico. Este foi considerado o “julgamento do século”.
e suscitou uma enorme repulsa e uma campanha internacional de defesa que se converteu em símbolo de uma luta por justiça, igualdade e liberdade.
“O caso Sacco e Vanzetti revelou toda a anatomia de vida nos Estados Unidos, com todas as classes e pontos de vista e todas as suas relações, isso colocou todo questionamento fundamental de nosso sistema político e social.” disse Edmundo Wilson.
Nas décadas que se seguiram desde que Sacco e Vanzetti morreram na cadeira elétrica, o caso continuou ressoando. Em diversas etapas da história serviu para saber que a natureza da repressão e da luta seguem, em essência, sendo a mesma.
Temor vermelho, temor amarelo, temor muçulmano. Judeus, árabes, italianos, orientais, muçulmanos. Demonizar o outro e criar um clima propício para a perseguição. Terrorismo como política de Estado. No lugar do Estado garantidor de direitos, o Estado violador de direitos. Dois homens que se definiam a si mesmos como sendo “um bom sapateiro e um pobre vendedor ambulante de peixe”, que morreram pelas suas crenças. A crença de que podiam criar um mundo livre de pobreza e exploração. A crença de que um outro mundo é possível.
A Ensaio Aberto e o Armazém da Utopia
Ensaio Aberto ocupa desde 2010 o Armazém da Utopia, no Cais do Porto do Rio de Janeiro. Neste período mais de 400.000 pessoas frequentaram nosso Armazém, realizando, de fato, a revitalização da região, com um projeto de democratização de acesso aos bens culturais para as classes populares.
“Não por acaso escolhemos Sacco e Vanzetti para ser nossa primeira criação a ser realizada na nossa nova sede”, diz o diretor Luiz Fernando Lobo.
Nos 7 anos que Sacco e Vanzetti permaneceram presos, nos Estados Unidos, a classe operária brasileira se manteve totalmente solidária, com a realização de diversos atos em várias cidades brasileiras.
No Rio de Janeiro os portuários e os operários têxteis sempre estiveram à frente destas mobilizações, realizando atos e greves. Um dos atos públicos aconteceu nas escadarias do Theatro Municipal, reunindo mais de 5 mil manifestantes. A polícia dispersou os manifestantes com golpes de sabre e a cavalaria. Apesar da forte repressão policial o movimento não arrefeceu e, a cada ano, mobilizou mais pessoas.
Durante uma greve no Rio de Janeiro o portuário José Leandro foi preso, quando a categoria lutava pela jornada de 8 horas de trabalho e a polícia, seguindo o exemplo da polícia americana, esperava que sua prisão fosse um exemplo para deter o movimento operário.
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