A estreia do filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, foi recebida com 10 minutos de aplausos ininterruptos durante o Festival de Veneza, onde concorre ao Leão de Ouro.
A produção emocionou o público e recebeu elogios da crítica internacional. O site americano "Deadline", conhecido por sua cobertura do mundo televisivo e cinematográfico, destacou que o longa pode colocar a atriz Fernanda Torres, protagonista da história, na disputa pelos principais prêmios da temporada. A atuação de Fernanda também foi elogiada pelo "Hollywood Reporter".
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme narra a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, uma mulher que precisou criar sozinha seus cinco filhos após o marido, o deputado Rubens Paiva, ser preso, torturado e assassinado durante a ditadura militar.
No final do filme, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, faz uma participação especial como a versão mais velha da protagonista.
O "Hollywood Reporter" ressalta que "a conexão se torna ainda mais comovente ao vermos Fernanda Montenegro como a versão idosa e enferma da protagonista — uma mulher de força silenciosa e resistência, interpretada por sua filha, Fernanda Torres, com uma graça e dignidade extraordinárias diante do sofrimento emocional".
A revista "Variety" também destacou a "soberba" atuação de Fernanda Torres, classificando o filme como "profundamente tocante", "clássico na forma, mas radical na empatia". O "IndieWire" elogiou a performance da atriz, afirmando que, "num emocionante registro histórico do Brasil, é tão espetacular quanto sua filmografia sugere". O site acrescenta que "a personagem Eunice, vivida por Fernanda Torres, exibe uma força e estoicismo impressionantes que tornam cada momento de dor ainda mais impactante".
O elenco do filme, que ainda não tem data de estreia no Brasil, é liderado por Fernanda Torres (como Eunice) e Selton Mello (como Rubens). "Ainda Estou Aqui" marca o retorno de Walter Salles, um dos mais renomados cineastas do país, conhecido por abordar temas sociais em suas obras, que frequentemente recebem reconhecimento internacional. "Central do Brasil" (1998), seu filme mais famoso, rendeu a Salles um Urso de Ouro em Berlim e uma indicação ao Oscar.
Fonte: O Globo