A Eslipa - Escola Livre de Palhaço inicia as atividades do terceiro módulo do curso de 2024, no dia 22/04 com o seminário “Espaços de formação e trabalho”, aberto ao público, com a participação dos artistas e pesquisadores Ana Achcar, Ângela Cericola, Jonathan Cericola, Luciana Belchior e Silvia Contar.
“A Eslipa está implicada da formação do artista cidadão e da empregabilidade. Acredito que, além da formação, as escolas devem se preocupar com o primeiro emprego. O trabalho após a formação fortalece a linguagem e gera emancipação para os alunos e alunas”, explica o diretor da Eslipa, Richard Riguetti.
Nos dias 27 e 28/04, haverá o encerramento do módulo com a apresentação de obra inédita dos alunos (no sábado) e o espetáculo “Circo do Só Eu”, com o artista e professor Esio Magalhães (no domingo).
O curso reúne 30 palhaços e palhaças de todo o Brasil e da América Latina, com patrocínio da Extensão UFRJ e do Lab Cultura Viva e apoio Cultural do Centro de Artes Calouste Gulbenkian, do Espaço Travessia e da Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro.
Com criação, direção e atuação do ator e palhaço Esio Magalhães, “Circo do Só Eu” é um espetáculo que brinca com a situação de um palhaço ter que fazer o espetáculo de circo inteiramente sozinho, com números de equilíbrio de pratos, macacos em monociclo, hipnose, acrobacia e muito mais. Porém, o artista percebe a possibilidade de estar com as pessoas, orquestra uma grande brincadeira em que todos participam e se divertem.
“O espetáculo “Circo do Só Eu” é construído a partir da interação com a plateia, por isso é um elogio à coletividade e à singularidade de cada um! Em todos os números, há a participação e interação com os espectadores”, observa Esio Magalhães.
Sobre o seminário “Espaços de formação e trabalho”
Os palestrantes abaixo vão debater sobre as possibilidades de formação continuada e de trabalhos de palhaços e palhaças após a formação na Eslipa.
Ana Achcar: atriz, palhaça. e professora da Escola de Teatro da UniRio. Formada na École Philippe Gaulier em Paris, fez estágios de máscara no Théâtre du Soleil, com Ariane Mnouchkine, e, na Itália, com Enrico Bonavera e Donato Sartori. Doutora em Teatro, é coordenadora do Programa Enfermaria do Riso onde desenvolve projeto de formação para palhaços que atuam em hospitais. Lidera grupo de estudos sobre a máscara (G.E.M.A.S). Como diretora, ganhou os prêmios Melhor Espetáculo do FITU, na Tunísia, e Júri Popular do FESTA, na Rússia, pelo espetáculo PalhaSOS. Como atriz, fez “As Comadres”, direção de Ariane Mnouchkine; “Uma ciranda para mulheres rebeldes” e “Gente de Bem”, direção de Adriana Maia. Realizou estágio de pós-doutorado, sob a direção de Béatrice Picon Vallin, no CNRS-Paris.
Ângela Cericola: artista, educadora circense e pedagoga. Diretora e proprietária do Circo Trapézio desde 2008. Nascida no circo e pertencente à quarta geração de uma família tradicional circense. Aprendeu a arte do picadeiro com seu pai, William Cericola. Tornou-se também a responsável por formar as novas gerações da família na arte do circo.
Jonathan Cericola: pertence a 5° geração de artistas circenses da família Cericola, clássica companhia que em 2023 completou 130 anos de cultura circense. Começou como palhaço aos 7 anos, no circo do seu avô William Cericola. Jonathan foi batizado como palhaço com o mesmo nome que seu bisavô usava, Pão de ló. Além do circo da família, também passou pelo Circo Bartholo, Reder Circus, Big Brother Cirkus, Circo Flutuante e Raduan Circus. Atualmente, é palhaço e diretor do Circo Teatro Saltimbanco.
Luciana Belchior: multiartista cearense que se mudou para o Rio de Janeiro em 1995, onde se formou em Teatro pela CAL, Circo pela Escola Nacional de Circo Luiz Olimecha e Licenciatura em Dança pela UniverCidade. É bailarina, sapateadora, atriz, circense, coreógrafa, preparadora corporal, professora de aéreos (tecido, lira, trapézio e corda) e orientadora de pesquisa circense. Atuou em vários musicais, fez participações em novelas, em programas de TV, e em cinema; apresentou-se no Brasil e no exterior integrando o elenco de diversas companhias de circo (Intrépida Trupe, Up Leon, Irmãos Brothers, Cabaré Volante, Circo das Artes, Teatro de Anônimos, Cia PéNoAr, CircoLu), de dança (Andanças, Cia Phi, Orquestra Brasileira de Sapateado, Cia de Sapateado Brasileiro VATÁ) e de teatro (Cia Pop de Teatro Clássico). Junto com Daniela Piveta ganhou três prêmios em Festivais Nacionais com a performance cômica “Pau Dance”. Atualmente, está concluindo a pós-graduação em Sistema Laban/Bartenieff (FAV) e, desde 2023, assumiu a Coordenação da Escola Nacional de Circo Luiz Olimecha.
Silvia Contar: produtora cultural e arteterapeuta. Formada em comunicação social pelas faculdades Integradas Hélio Alonso, com MBA em Gestão Cultural pela Candido Mendes e arteterapia pela Pomar. Atua no intercâmbio arte-saúde há 12 anos, coordenando a Associação Doutores da Alegria, no Rio de Janeiro. Faz parte da curadoria do projeto Plateias Hospitalares que fomenta a classe artística carioca através da circulação de espetáculos em hospitais públicos. Atualmente, cursa especialização em psicologia analítica pelo Instituto Junguiano e acredita no poder curativo da arte como ferramenta de transformação individual e social.
Seminário “Espaços de formação e trabalho”
Data: 22/04, das 9h ao meio-dia
Centro de Artes Calouste Gulbenkian: Rua Benedito Hipólito, 125 - Centro, Rio de Janeiro – RJ.
Entrada gratuita
Espetáculo dos alunos da Eslipa
Data: 27/04, às 17h.
Largo do Machado (praça)
Entrada gratuita
Espetáculo “Circo do Só Eu”
Ficha técnica: Criação, direção e atuação de Esio Magalhães
Data: 28/04, às 17h.
Largo do Machado (praça)
Entrada gratuita