A Cia Gente após percorrer 10 capitais brasileiras, duas por região, com o projeto “Brasil sem Ponto Final”, chega ao Rio de Janeiro nos dias 20, 21 e 22 de dezembro, no Centro Coreográfico, na Tijuca.
Além do espetáculo de dança, a mostra está organizada em três dias de atividades, incluindo espetáculos, oficinas gratuitas, exposição fotográfica, exibição de vídeo documentário, execução de performances e demonstração de atividades de pesquisa cênica. Todo ambiente com acessibilidade e democratização do acesso, com atividades gratuitas ou a preços populares.
“O Rio, sede da companhia Cia Gente, é o lugar escolhido para a culminância deste projeto que se vai já deixando saudades e muitos aprendizados. Na visão da direção, não haveria espaço melhor para concluir este momento senão naquele que testemunhou o desenvolvimento desta Companhia", declara o diretor Paulo Emílio Azevedo. Para isso "foi desenhada uma programação que pudesse contemplar um olhar panorâmico do projeto, revelando a abrangência e os impactos que provocou em cada comunidade que passou, não obstante as trocas e os intercâmbios, bem como os empregos diretos e indiretos gerados pela ampliação da cadeia produtiva e o uso responsável dos recursos públicos/privados em nosso país”, complementa o diretor.
Projeto Brasil sem Ponto Final
Local: Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro - Rua José Higino, 115, Tijuca, Rio de Janeiro
20 de dezembro (4a feira)
[▪] ︎Exposição "fotograVias"
Local: Foyer, 20h
[▪] ︎Apresentação "Tiro, porrada e bomba"
Local: Teatro, 20:30
Entrada: gratuita (lotação)
Classificação: Livre
21 e 22 de dezembro (5a e 6a feiras)
[▪] ︎Oficina "Corpo Memória"
Local: estúdio 1, 10 às 12h
Entrada: gratuita (30 vagas)
Classificação: 18 anos
Inscrição na bio: @cia.gente
[▪] ︎Espetáculo "Virgula"
Local: Teatro, 20h
Entrada R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia).
Classificação: 14 anos
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Mostra "Brasil sem Ponto Final"
Na abertura, dia 20, está prevista a exposição "fotograVias", contendo imagens de 11 fotógrafos (sendo um por cidade circulada). A curadoria de Paulo Emílio Azevedo, assistido pela produção de Flávia Menezes, teve como eixo estético cinco engrenagens para definir tal documentação por região: Norte “Cotidiano”, Sul “Cena”, Nordeste “Aulas”, Centro Oeste “Cenário” e Sudeste “Gente”. Com a lente de cada profissional, um olhar local sobre a ocupação da Cia Gente nessas cidades produziu uma rica iconografia revelada por 33 fotografias.
A seguir, na mesma noite haverá a apresentação de resultados dos arteiros residentes que tiveram uma função de pesquisadores durante o percurso do projeto. Trata-se de "Tiro, Porrada e Bomba", união de três extratos de solos num mesmo ambiente cênico, desenvolvidos pelos performers Amanda Oli, João Victor Castro e Viniciius Pitbull, sob a orientação de Paulo Azevedo.
“ Na ocasião, observa-se o repertório de um compêndio gestual, revelando por sua vez outras formas de gestão e monitoramento de pesquisas com mescla do uso de sistemas on-line e presencial à construção de resultados. "Tiro, Porrada e Bomba" revela humor, sarcasmo, mímesis, identidades e clichês traduzindo uma primeira síntese da investigação cênica, cuja atmosfera é atravessada por uma narrativa não linear para tocar de modos díspares na "Cultura do Corpo"; de fato, assumidamente, processos, sem qualquer pretensão de produto. Nem pronto, bebível, comestivel e ou comerciável; apenas estilhaços.” Explica Paulo.
Chegando ao segundo e terceiro dias da Mostra, 21 e 22, tem-se pelas manhãs a Oficina "Corpo Memória"; proposta de curta duração, tendo por mote dinamizar por meio das representações do gesto, da palavra e do movimento, o uso do corpo e da voz como estratégias narrativas, tendo como protagonismo as respectivas biografias dos participantes.
Experiências costuradas pela presença de um corpo político, um corpo criança, um corpo gente. A oficina será ministrada pelo seu mentor, o professor Paulo Emílio Azevedo, assistido pelo intérprete-criador João Victor Castro.
Já à noite, terão apresentações dos núcleos (De)formação, perfazendo a abertura do ato n°1 "Vírgula". Nove personagens numa travessia. No percurso, uma gama de desafios que se intercalam entre repetições, silêncios e textos performáticos, sempre em busca da breve respiração de cada "frase cênica". Diante desta ode e o apelo à "pausa", aparece um cenário rizomático potencializando outros enunciados ao reconhecimento da pluralidade de vozes. "Vírgula", vencedor dos prêmios FUNARJ e FOCA, é assinado pelo
dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo. A partir desse espetáculo, o autor passa a escrever de modo mais enfático uma dramaturgia para a Dança lado a lado com o Teatro. Também é a partir de "Vírgula" que ele inaugura seu 3° ciclo de produção estética, por meio da célula criativa que denominou de "pausa" - anteriormente, investigou no 1° ciclo a "queda” (1999-2011) e no 2° ciclo, o “desequilíbrio” (2012-2020).
Encerrando a Mostra haverá no domingo, 22, após a última sessão de "Vírgula", a exibição de "Brasil sem Ponto Final (O Filme)', assinado por Filipe Itagiba. Simbolizando o encerramento do projeto, o vídeo documentário revela um registro da circulação pelo país da Cia Gente, trazendo os bastidores, as andanças, as trocas e a relação de atravessamento entre os protagonistas e as comunidades locais. A duração aproximada é de 20 minutos.
●Ficha Técnica:
Criação e direção: Paulo Azevedo
Assistente de direção/ensaiadora: Paula Lopes
Direção técnica, trilha e Iluminação: Filipe Itagiba
Figurinistas: Isa Czar e João Alves
Produção Executiva/local: Flávia Menezes
Social Media: Carol Carnasciali
Cenotécnica: Cristiano Lucena
Mestres de Cerimônia: Júlia Rios e Gabriel Henrique
Assessoria de Imprensa: Sandra Villela
Coordenação e Gestão: Zuza Zapata
Intérpretes-criadores: Amanda Oli, Isa Czar, João Victor Castro, Bruno Duarte, Margot, Rafael Fernandes, Salasar Jr, Sarah Melissa, Vinícius Pitbull, Pedro Brum e Zulu Gregório.
●Sobre o diretor Paulo Emílio Azevedo: Professor, Pós Doutor em Políticas Sociais e Doutor em Ciências Sociais com especialização em Antropologia do Corpo e Cartografia da Palavra. Criador no campo das artes cênicas, dramaturgo, escritor e consultor na área de Educação e Cultura, cuja pesquisa tem por objetivo refletir sobre outr as formas de comunicação aos diversos protagonismos e redes de sociabilidade na sociedade contemporânea. Seu trabalho aparece bem ilustrado pelo processo criativo, conceitual e de gestão; onde tal experiência destaca a capacidade de unir teoria e prática como lugares de conversação, cabendo sublinhar as ações que se desdobram no espaço urbano, na capacitação de estudantes e educadores, na formação de intérpretes/performers/atores e nos trabalhos realizados diretamente com o público juvenil. Recebeu diversos prêmios, entre eles “FOCA” através da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro (2011); “Prêmio FUNARJ de Dança” (2021); “Rumos Educação, Cultura e Arte” (2008/10) através do Instituto Itaú Cultural. Participou como coreógrafo convidado no Festival D'Avignon (2023), bem como palestrante na FLIP Paraty/RJ (2017). Em seguida, integrou o grupo de escritores na Printemps Littéraire Brésilien/Paris Sorbonne Université e, em 2018 representou o país na Journée d’Etudes Cultures, arts et littératures périphériques dans les Amériques: une approche transnationale de la production, la circulation et la r éception em Lyon (França). Quatro conceitos atravessam sua metodologia de trabalho, aquilo que ele denominou de 4D: desequilíbrio, desobediência, desconstrução e deformação. Fundador da Cia Gente (2012) e mentor da Fundação PAZ, plataforma virtual responsável por preservar, difundir e registrar sua propriedade intelectual. Tem vinte e um livros publicados.
Saiba mais em
@cia.gente
https://fundacaopaz.com
●Sobre a Cia Gente:
Fundada em 09 de agosto de 2012 pelo antropólogo e professor Paulo Emílio
Azevedo, a Cia Gente como o próprio nome indica é uma companhia de gente.Desse modo, sua motivação está no reconhecimento de potências presentes da diversidade humana, no exercício sensível do olhar e nas possibilidades criativas que emergem desses protagonismos - identificando, reconhecendo e fomentando
variadas formas do saber e do fazer.
Funcionando no formato de Rede e mesmo sem ter uma sede própria, a companhia já conquistou plateias em diversas cidades brasileiras e outros países (França, Alemanha, Bélgica, Uruguai, Portugal, entre outros), bem como já foi premiada em diferentes editais, públicos e privados. Atuando no campo da dança, da performance, do teatro, da literatura, do audiovisual e outras expressões artísticas,
vem construindo um repertório amplo de espetáculos que mesclam essas
linguagens, como é o caso de “Módio” (2016), “Fio do Meio” (2017), “Brutal” (2018), “Vertigem” (2020) e “Vírgula” (2022).
●Serviço:
Projeto Brasil sem Ponto Final
Local: Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro - Rua José Higino, 115, Tijuca, Rio de Janeiro
20 de dezembro (4a feira)
[▪] ︎Exposição "fotograVias"
Local: Foyer, 20h
[▪] ︎Apresentação "Tiro, porrada e bomba"
Local: Teatro, 20:30
Entrada: gratuita (lotação)
Classificação: Livre
《após a apresentação, haverá bate-papo com o elenco/diretor, estendendo tal conversa num retorno ao foyer, com cocktail ao som do DJ Mixuruca e cerimonial de Gabriel Henrique e Julia Rios.
21 e 22 de dezembro (5a e 6a feiras)
[▪] ︎Oficina "Corpo Memória"
Local: estúdio 1, 10 às 12h
Entrada: gratuita (30 vagas)
Classificação: 18 anos
Inscrição na bio: @cia.gente
[▪] ︎Espetáculo "Virgula"
Local: Teatro, 20h
Entrada R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia).
Classificação: 14 anos
Antes das sessões do espetáculo, ocorrerão as apresentacões dos núcleos De(formação), seguido de certificação dos alunos.
Dia 22, após a última sessão do espetáculo haverá a exibição do documentário que culmina com o encerramento da Mostra.