Depois de um ano e sete meses fechado ao público devido à pandemia, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro reabre as portas a partir do dia 28 de outubro com os balés Des Enfants/ Paquita Grand Pas Classique/Noite de Walpurgis.
Paquita é um balé em dois atos produzido pela primeira vez em 1846 na Opéra de Paris, com música de Édouard Deldevez e coreografia de Joseph Mazilier.
Em 1847 foi montado no Bolshoi de São Petersburgo por Pierre Frédéric Malevergne e Marius Petipa, em sua estreia russa, na qual participou também como bailarino.
Mas foi na remontagem de 1882 que Petipa, com o auxílio de Ludwig Minkus, criou as passagens mais famosas do balé: o Pas de Trois, a Mazurka des Enfants e o Grand Pas Classique. O balé é ambientado na Espanha durante a ocupação de Napoleão. Conta a história de uma cigana que salva a vida de um oficial francês que por ela se apaixona.
“Noite de Walpurgis” – ballet de um ato - é uma das cenas mais marcantes da ópera de Charles Gounod “Fausto”. Executada separadamente é considerada uma das obras–primas da dança mundial. Gounod criou uma música excepcionalmente colorida e rica para esta coreografia.
A cena da ópera "Noite de Walpurgis" é celebrada no Monte Broken, reino de Mefistófeles (Pan), quando ele procura desviar os pensamentos de Fausto e Marguerite, convidando-os a desfrutar de todos os benefícios da vida terrena.
Fausto vende a alma a Pan (diabo) em troca da imortalidade. Pan começa a mostrar a Fausto os prazeres da vida. Com esse intuito leva-o ao monte Broken, local onde é celebrado um culto à sensualidade e ao erotismo.
Acontece por lá uma orgia, onde faunos e bacantes (mulheres adoradoras do Deus Bákkhos) dançam sensualmente. Ameniza o ambiente a presença das Três Graças, que simbolizam o amor espiritual, casto. E o ballet termina numa dança vertiginosa, um bacanal.