O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro retoma, em 25 de janeiro de 2025, os Super Sábados no MAM Petrobras, seu já consolidado programa de eventos gratuitos nas áreas externas, diante dos jardins originalmente projetados por Burle Marx.
Neste ano, o MAM Rio – que foi amplamente reformado e restaurado para sediar a Cúpula do G20 – realizará edições mensais de maior escala: serão ao todo dez Super Sábados no MAM Petrobras, focados em diferentes linguagens artísticas, com dinâmicas de caráter participativo, ocupando sempre o entorno do museu.
“Os Sábados no MAM Petrobras são uma plataforma de ações permanentes que conectam o interior ao exterior do museu, nos permitindo mostrar ao público que a experiência de arte e cultura acontece tanto dentro quanto fora do edifício. O programa aproxima o MAM de agentes culturais de toda a cidade, fortalecendo o diálogo entre a instituição e expressões artísticas diversas como o teatro, a música, a dança e a performance. O que é já uma prática de décadas do MAM Rio, mas o projeto atualiza essa tradição buscando engajamento com novos indivíduos e coletivos que desenvolvem suas poéticas em áreas distintas”, comenta Pablo Lafuente, diretor artístico do museu.
A programação investe na pluralidade de práticas artísticas desenvolvidas na cidade do Rio, ao mesmo tempo em que explora o espaço público como um lugar de encontro e acesso à cultura, investigando as possibilidades do museu como plataforma de experimentação.
Confira a programação da edição de janeiro:
SÁB, 25/JAN
Ocupação de dança, de 14h às 18h
Abrindo a série de Super Sábados no MAM Petrobras 2025, será realizada uma ocupação temática em torno de diversas expressões da dança, com apresentações dos coletivos Laboratório 60 e Banidos Crew (breaking dance, com oficina e apresentação).
Laboratório 60 apresenta Enraizados no ar
O coletivo Laboratório 60 fará uma apresentação de dança contemporânea em diálogo com obras da artista mineira Iole de Freitas, que assina a direção artística da apresentação. Para o dia, o MAM Rio montou dois trabalhos da artista: a instalação de grandes dimensões Teto do chão (1994) e a obra Aramão (1983), ambas do acervo do museu.
Composto atualmente por Bea Aragão, Bento Dias, Cecília Carvalhosa, Gil Duarte e Ísis Lua, Laboratório 60 é um grupo que surgiu a partir de experimentações do corpo em relação às obras da mineira Iole de Freitas. Esse processo de investigação teve início em 2023, quando a artista retomou a presença do corpo em performance nos seus trabalhos e iniciou, em parceria com os integrantes, uma pesquisa de improvisos de dança em seu ateliê. Em 2024, esse grupo se estabelece como coletivo, desdobrando o trabalho em ações performáticas.
Oficina de voguing
A coreógrafa Wallace Ferreira convida a House of Mamba Negra para propor oficina e uma prática coreográfica no museu, investigando os princípios históricos, estéticos, comunitários e de disputa do vogue e da cultura ballroom, essa experiência artística tensiona os limites entre as linguagens da moda, dança contemporânea e performance. Articulando manobras para estabelecer uma nova forma de entender e representar culturas insubordinadas.
Oficina de Breaking
A programação terá início com uma oficina de 1h30min, conduzida pelos renomados dançarinos B-boy Tevez e B-boy GB, acompanhados por um monitor que oferecerá suporte técnico e dinâmico aos participantes. É uma oportunidade imperdível para aprender ou aperfeiçoar técnicas, vivenciando os movimentos e a essência do breaking.
Batalha Seven to Smoke com premiação
Após a oficina, será realizada a batalha de breaking, Seven to Smoke. O objetivo é acumular sete pontos consecutivos sem perder nenhum round, ou conquistar o maior número de pontos dentro do tempo limite. O vencedor levará para casa uma premiação de R$400,00. A batalha será avaliada por três jurados (b-boy e b-girls da cena), garantindo uma análise técnica e justa das performances. No comando do evento, MC Dressa ditará o ritmo e interação com o público, enquanto o som ficará a cargo do DJ convidado. É necessária inscrição prévia para participar da batalha.
Aulão de Charme
Charme é o nome dado à sequência de passinhos sociais que dançarinos executam enquanto ouvem o DJ tocando nos Bailes Black do Rio. O movimento Soul e Funk dos anos 1970 e início de 1980 contribuíram muito para a formação rítmica desta dança.
Com a onda de movimento hip-hop que se instalou no Rio de Janeiro, na década de 1990, o Baile Charme na Rua passou a contar com grande presença de público jovem, vindo de todos os bairros da cidade, com sua proposta de ser, a exemplo da ideologia do hip-hop, um espaço de não violência, diferenciando-se, assim, dos outros bailes.
Os professores de Charme procuram sempre acrescentar seu repertório de passos variados com estilos que vão do clássico ao atual, incentivando inclusão social e a melhor terapia através da dança charme, animar bailes e festas particulares no cenário carioca.