Com cerca de 100 obras, a exposição 'Geometria Inquieta' celebra os 60 anos de carreira de Ascânio MMM, um dos mais importantes escultores da arte brasileira. Sob a curadoria de Lauro Cavalcanti, a mostra inclui uma reprodução do ateliê do artista e obras manipuláveis pelo público, além de uma seleção pessoal de Ascânio MMM, que apresenta obras de seu acervo particular em diálogo com peças da Coleção Roberto Marinho.
Nascido em Fão, Portugal, Ascânio imigrou para o Rio de Janeiro aos 17 anos, já com o desejo de estudar arquitetura. Mas foi na escultura que encontrou a linguagem para se comunicar com o mundo: “A escultura, para mim, é uma paixão, um modo de fazer poesia através do objeto. Seria impossível não fazer algo que grita dentro de mim”, declara o artista, que se diz um carioca nascido em Portugal.
Aos 83 anos, ele mantém a energia que o leva diariamente ao ateliê, dando continuidade a uma produção vigorosa que teve início nos anos 1960. A exposição permite um olhar retrospectivo sobre as seis décadas de percurso artístico de Ascânio, orientando-se pela evolução dos materiais e técnicas utilizados. Ele, no entanto, rejeita o termo "retrospectiva": “Para mim, esse conceito se aplica quando o artista já encerrou a sua obra”.
A partir desta quarta-feira, dia 8/01, o escultor Ascânio MMM receberá os visitantes na sala que reúne as obras interativas, sempre às 15h das quartas. Nestes encontros, o artista pretende conversar sobre a sua prática artística e estimular o público presente a interagir com as peças.