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  • Rosana Paulino: A Costura da Memória

    Da Redação em 15 de Maio de 2019    Informar erro
    Rosana Paulino: A Costura da Memória
    Local: Museu de Arte do Rio
    ENDEREÇO: Praça Mauá, 5 - Centro
    CONTATO: (21) 3031 2741
    DETALHES: Até 25/08/19 | Terça a domingo, das 10h às 17h. Às terças-feiras, o MAR é gratuito e fecha às 19h
    LINK: Clique aqui e visite o site
    Após temporada de sucesso na Pinacoteca, em São Paulo, a exposição Rosana Paulino: A Costura da Memória fica no MAR até agosto com 140 obras produzidas ao longo dos seus 25 anos de carreira.
     
    Assinada por Valéria Piccoli e Pedro Nery, curadores do museu paulistano, a mostra reúne esculturas, instalações, gravuras, desenhos e outros suportes, que evidenciam a busca da artista no enfrentamento com questões sociais, destacando o lugar da mulher negra na sociedade brasileira.
     
    Rosana Paulino surge no cenário artístico nos anos 1990 e se distingue, desde o início de sua prática, como voz única de sua própria geração. Os trabalhos selecionados, realizados entre 1993 e 2018, mostram que sua produção tem abordado situações decorrentes do racismo e dos estigmas deixados pela escravidão que circundam a condição da mulher negra na sociedade brasileira, bem como os diversos tipos de violência sofridos por esta população.
     
    Um dos destaques da mostra é a “Parede da Memória”. Realizada quando a artista ainda era estudante, a instalação é composta por 11 fotografias da família Paulino que se repetem ao longo do painel, formando um conjunto de 1.500 peças.
     
    As fotos são distribuídas em formatos de “patuás” – pequenas peças usadas como amuletos de proteção por religiões de matriz africana. O mural se transforma em uma denúncia poética sobre a invisibilidade dos negros e negras que não são percebidos como indivíduos. Quando os 1.500 pares de olhos são postos na parede, “encarando” as pessoas, eles deixam de ser ignorados.
     
    A exposição também conta com uma série lúdica de desenhos feitos por Rosana Paulino, na qual a artista revela sua fascinação pela ciência e, em especial, pela ideia da vida em eterna transformação. Os ciclos da vida de um inseto são feitos e comparados com as mutações no corpo feminino, por exemplo. A instalação Tecelãs (2003), composta de cerca de 100 peças em faiança, terracota, algodão e linha, leva para o espaço tridimensional o tema da transformação da vida explorado nos desenhos.
                   
    SOBRE ROSANA PAULINO
     
    Doutora em artes visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP, é especialista em gravura pelo London Print Studio, de Londres e bacharel em gravura pela ECA/USP. Foi bolsista do programa bolsa da fundação Ford nos anos de 2006 a 2008 e CAPES de 2008 a 2011. Em 2014 foi agraciada com a bolsa para residência no Bellagio Center, da fundação Rockefeller, em Bellagio, Itália. 
     
    Como artista vem se destacando por sua produção ligada a questões sociais, étnicas e de gênero. Seus trabalhos têm como foco principal a posição da mulher negra na sociedade brasileira e os diversos tipos de violência sofridos por esta população decorrente do racismo e das marcas deixadas pela escravidão. 
     
    Possui obras em importantes museus tais como MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo; UNM - University of New Mexico Art Museum e Museu Afro-Brasil – Pão Paulo.
     


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