A investigação do artista visual Petrillo sobre as possibilidades de paisagens/lugares foi o que deu origem à sua nova mostra individual “TERRITÓRIOS POSSÍVEIS – paisagens insólitas” que ocupará o Centro Cultural Correios, no Centro, até o ano que vem.
Esta pesquisa integra seu repertório visual e imagético, que parte da referência de imagens e fotografias reais. Fazendo uma proposição da recriação da espacialidade, Petrillo observa a sua topografia e recria imagens e paisagens inexistentes, lugares por ele idealizados.
Com trabalhos produzidos de 2022 a 2024, a exposição reúne 19 pinturas da série “Territórios Possíveis” – a maioria em técnica mista sobre telas de grandes formatos, sendo um díptico em têmpera sobre tela) - , 20 desenhos da série “Topografias Reconstituídas (alguns em dobraduras, outros utilizando técnica mista sobre papel). Complementa a expsoição a grande instalação “Territórios Reconstituídos”, composta por cerca de 1.200 desenhos de pequenos formatos em caixas acrílicas de CD, tendo demorado seis anos para ser finalizada.
“Esses trabalhos são fruto de uma pesquisa que venho realizando há algum tempo e são bastante pautados na questão da espacialidade e nos estudos de espaço e lugares propriamente ditos. Comecei a observar a questão das curvas de nível nfluenciado pela faculdade de Arquitetura, onde dou aulas de desenho. Todo esse processo foi desembocar agora: ressignificando as ‘voçorocas’ (afundamento de solo), acenando também para uma preocupação ecológica e como uma pequena denúncia sobre o que o homem está fazendo na degradação do meio ambiente. Ressignifico não apenas as paisagens que pura e simplesmente vemos, mas também expresso algo mais visceral e impulsivo, a paisagem que está dentro do imaginário de cada um. As manchas nas pinturas são intencionais, vou colocando camadas sobre camadas, nada é aleatório”, afirma Petrillo.