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  • Clarice Lispector é homenageada na Festa Digital do Livro

    Da Redação em 21 de Abril de 2020    Informar erro
    Clarice Lispector é homenageada na Festa Digital do Livro
    Local: Festa Digital do Livro
    DATA : 23/04/2020 HORA : das 6h às 0h
    LINK: Clique aqui e visite o site
    Em celebração ao Dia Internacional do Livro e em homenagem a escritora Clarice Lispector, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realiza a Festa Digital do Livro.
     
    Serão 18h ininterruptas de lives de palestras, debates, entrevistas, recitais, filmes e programas de rádio e TV. O universo do escritor irlandês James Joyce, uma das inspirações de Clarice, está relacionado à duração do evento. Em seu clássico Ulisses (1922), Joyce leva seu personagem principal em uma viagem de 18 horas por Dublin.
     
    Durante o evento online  participarão diversas personalidades, entre escritores, professores, artistas, jornalistas e articuladores culturais do Brasil e do Mundo. Será discutido desde o livro em si - obras, escrita, história etc. -, até os formatos físico e digital.
     
    A jornalista e escritora Clarice Lispector será homenageada pelo seu centenário, comemorado em dezembro deste ano. Ucraniana naturalizada brasileira, a escritora é uma das autoras mais importantes internacionalmente do século 20 e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Por isso, também, a cultura judaica integra a tríade de temas centrais.
     
    Com uma programação híbrida, as atividades contarão com transmissão simultânea no site flidfundaj.com.br e nas redes sociais da Fundaj - Instagram,  Facebook, Twitter, YouTube. 
     
    Na abertura, às 6h, contará  com o poema “Tecendo a manhã”, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, amigo de Lispector, além da fala do presidente da Fundação, Antônio Campos, ao vivo na TV Fundaj. A leitura do horóscopo e das principais manchetes de jornais do 10 de dezembro de 1920 (nascimento da homenageada),  a programação musical trazendo canções do Recife nas décadas de 1920 e 1930, antecedem a primeira entrada do programa de rádio e TV “A Hora das Estrelas”.
     
    Na sequência, a Festa Digital do Livro discute “O livro didático no Brasil”. Integram o bate-papo representantes da Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Quem assume a primeira palestra é a agente literária Luciana Villas-Boas, que refletirá sobre a situação atual e o mercado editorial em “Melhor estar no negócio do livro do que no da aviação”. A programação matutina chega ao fim com a leitura de “O mistério do coelho pensante” (1967), texto infantil escrito por Clarice Lispector após a provocação do filho sobre o porquê de escrever textos para adultos apenas.
     
    À tarde, a jornalista e escritora Cláudia Nina, que editou o caderno especializado em literatura do Jornal do Brasil, Ideias & Livros, e contribuiu para o Prosa & Verso, do O Globo; assume a segunda palestra: “O pequeno mundo compartilhado - a subjetividade pulsante nas crônicas de Clarice”. Cláudia também é autora de A palavra usurpada: exílio e nomadismo na obra de Clarice Lispector, publicado no Brasil em 2003. A crônica, aliás, é o objeto de análise da atividade seguinte. O jornalista Marcelo Pereira, editor do caderno Cultura do Jornal do Commercio, é convidado a responder perguntas sobre o cronista pernambucano Antônio Maria e Lispector.
     
    Já o professor Lawrence Flores Pereira, doutor em Teoria da Literatura pela PUCRS, realiza leitura de trechos da obra de William Shakespeare, na data do aniversário de morte do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare. O poeta e dramaturgo criou  personagens imortais da literatura mundial, como Otelo, Hamlet, Romeu e Julieta. Lawrence é um dos tradutores da obra do dramaturgo no Brasil. Para refletir a cultura judaica no País, a Cinemateca Pernambucana exibe “O Rochedo e a Estrela”, de Katia Mesel. Ainda entre as palestras,  o professor João Cezar de Castro Rocha abordará Shakespeare e Miguel de Cervantes dentro de uma perspectiva comparada.
     
    A leitura de trechos do romance Dom Quixote, de Cervantes, pelo professor espanhol Ángel Espina Barrio; e a entrevista ao escritor Lucilo Varejão Neto, presidente da Academia Pernambucana de Letras e membro da União Brasileira de Escritores, encerra a programação vespertina. A Hora das Estrelas volta ao ar e, dentre os destaques da noite, também está a palestra “Por uma questão de justiça: modos de ler Clarice Lispector”, com a professora da PUC-Rio Clarisse Fukelman. A palestrante reuniu publicações e adaptações da autora no Brasil e no exterior numa vasta pesquisa de mais de 30 anos.
     
    A exibição do curta-metragem Clandestina Felicidade, de Marcelo Gomes e Beto Normal, e a divulgação dos resultados dos concursos Claricem Imagens e Claricem Palavras integram o momento. Os ganhadores serão premiados com entradas grátis para os cinemas da Fundação ou fotobiografia da escritora (conferir detalhes abaixo). O encerramento fica por conta da leitura das histórias de fantasmas compiladas no livro Assombrações do Recife (1955), clássico de Gilberto Freyre. Dentre as estórias, pontos da capital pernambucana, como a Cruz do Patrão, no porto do Recife, e lendas como O Papa-Figo.
     
    Interpretações
    Ao longo do dia, vídeos de diversas personalidades recitando trechos da obra clariciana poderão ser acessados. Entre as participações confirmadas está a atriz Maria Fernanda Cândido, que estreará a adaptação de A Paixão segundo G.H., dirigido por Luiz Fernando Carvalho. O escritor norte-americano Benjamim Moser, autor da biografia “Clarice, uma biografia” (2009), que foi traduzida em meia dúzia de idiomas, também integra a lista de leitores que colaboraram com a Festa Digital do Livro.
     
    Rádio e TV
    O ponto de partida da vida brasileira de Clarice Lispector começa em Alagoas. Depois passa a viver com a família em Pernambuco e depois no Rio de Janeiro. Em seu romance-novela A Hora da Estrela (1977), a personagem Macabéa realiza uma trajetória similar. Em alusão direta à última obra publicada em vida pela autora e adaptado ao cinema em 1985 por Suzana Amaral, a Festa Digital do Livro realizará programa de Rádio e TV “A Hora das Estrelas”. As entradas reunirão diversos convidados, dentre eles as representantes do clube de leitura Leia Mulheres. Além de trazer notícias sobre o mundo do livro, recitais, músicas e muito mais.
     
    Filmes
    Embora as salas do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco estejam fechadas por tempo indeterminado devido à pandemia do Covid-19, os filmes podem ser vistos site da Cinemateca Pernambucana que reúne 261 obras., a maioria disponível para ver em casa. Durante a Festa Digital do Livro, o público será convidado a conferir Clandestina Felicidade (Marcelo Gomes, Beto Normal, 1998) e O Rochedo e a Estrela (Katia Mesel, 2011).
     
    Em 1971, Clarice Lispector reuniu diversos contos inéditos e já publicados na coletânea Felicidade Clandestina. O curta-metragem Clandestina Felicidade, que pega emprestado não só o adjetivo e substantivo utilizados pela autora, mas recolhe fragmentos da infância vivida por ela no Recife de 1929, da paixão cultivada pela leitura e o olhar curioso e perplexo com o qual ela descobriu o mundo. A trilha sonora é assinada pelo produtor musical DJ Dolores e o cantor Fred 04, do grupo Mundo Livre S/A.
     
    Por sua vez, a premiada cineasta pernambucana Katia Mesel passeia pela história da colônia judaica do Recife, a primeira das Américas. O longa-metragem rodado em 35 mm conta com trilha sonora de Lula Côrtes. Marcada pelas diversas perseguições e opressões ao longo da história, a cultura judaica está entre os principais temas da Festa.
     
    Concursos
    “Ele estava longe de tudo e de todos, sozinho. Ele estava desligado de tudo, feliz, rente ao coração selvagem da vida.” Da leitura destas frases do escritor irlandês James Joyce se originou o título do primeiro romance de Clarice Lispector: Perto do Coração Selvagem (1943). Assim como a autora foi inspirada por outras obras, na Festa Digital do Livro ela será a inspiração de seus leitores. Em Claricem Palavras os participantes devem produzir comentários sobre a vida e obra de Lispector em um texto de até 100 palavras, incluindo o título. Caso exceda, o participante é desclassificado.
     
    O texto deve ser enviado até o dia 22 de abril no e-mail fundajoficial@gmail.com. Os resultados serão divulgados na data do evento. Os melhores colocados receberão entradas grátis para os cinemas da Fundação. Para o primeiro lugar, o ganhador receberá 100 entradas. O segundo lugar, 50, enquanto o terceiro, 30. Já para o Claricem Imagens, os participantes deverão produzir fotos-legendas com a mesma inspiração. As legendas podem ser frases retiradas da obra da autora ou de suas biografias, tanto quanto de livre interpretação do fotógrafo-leitor. O prêmio será a fotobiografia Clarice: uma vida que se conta, de Nádia Battella Gotlib.
     
    facebook.com/fundacaojoaquimnabuco
    Instagram: @fundajoficial
    Livre


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