Após várias apresentações com casa lotada, o espetáculo “A Coisa” reestreia no Teatro Ipanema em curta temporada essa comédia surreal com “tragédia, mistério e galhofa” que investiga com humor e irreverência os fundamentos do teatro.
A idealização, direção e atuação é de André Dale, George Sauma e Leandro Soares – que carregam, cada um, cerca de 20 anos de experiência no palco e nas telas.
A peça é uma comédia distópica. O texto joga com uma realidade alterada - a exemplo de séries como Ruptura (Severance) e Black Mirror - em que o tema central é o próprio fazer teatral e seus pilares estruturais – direção, dramaturgia e atuação. O teatro é apresentado como uma metáfora da vida, por sua natureza presencial, fugaz e impermanente. Nas palavras de Leandro Soares, autor do texto da peça: “Se o teatro nos ensina que a vida é efêmera, assim como ele, também nos ensina que a única arma contra a finitude é o agora.”
Dividido em três atos – “A Coisa”, “O Enigma” e “A Máscara” – o espetáculo explora situações absurdas permeadas de crítica e humor: dois amigos descobrem que talvez nunca tenham tido domínio sobre suas ações; dois estranhos se envolvem num jogo de segredos que foge à lógica e três atores enfrentam uma crise de perda total da expressão facial.
Além disso, a dramaturgia também é entrecortada por solos e entreatos, cada qual dialogando com outros aspectos do teatro: a luz, a coxia, a projeção, etc.
Com ritmo ágil, estilo contemporâneo e metalinguagem, "A Coisa" transita entre o cômico e o existencial, convidando o público a refletir sobre os limites entre realidade e ficção — e sobre o próprio sentido de estar em cena, ou seja, de viver.
A peça tem dramaturgia assinada por Leandro Soares, coautoria de André Dale e música original de George Sauma. Leandro é criador da série de comédia “Vai Que Cola” (vencedor do Prêmio Extra/2015 e do Prêmio ABRA de Roteiros/2017), além de outros textos para peças, séries para o streaming e longas de grande êxito.
O espetáculo toca em questões contemporâneas comuns a uma sociedade com relações intermediadas pelas redes sociais, como crise de identidade/imagem, pós-verdade e perda de sentido. Num sopro de lucidez, a peça lembra que, por mais distópico que o mundo pareça, ainda somos movidos por presença, afeto e encontro.
Ficha Técnica:
- Concepção, Direção e Atuação: André Dale, George Sauma e Leandro Soares
- Dramaturgia: Leandro Soares
- Co-autoria: André Dale
- Canção Original: George Sauma
- Desenho de Luz e Operação: Clarice Sauma
- Direção Musical e Operação de Som: Pedro Nêgo
- Treinamento de Commedia Dell Arte: Érida Castello Branco
- Coreografia: Rafael Defeo
- Cenário: Julia Marina
- Projeção e Edição de Videoarte: Pedro Thomé
- Fotografia: Ricardo Brajterman
- Programação Visual: Welder Rodrigues
- Assistência de Produção, Visagismo e Mídias Sociais: Lua Blanco
- Assessoria Jurídica: Ana Melman
- Assessoria de Imprensa: Cristiana Lobo
- Produção Executiva: Rodrigo Cavalini
- Produção Geral: Paula Furtado
Classificação: 16 anos.
Duração: 70 minutos.
Link para compra de ingressos: https://linktr.ee/acoisateatro