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"Nem todos morrem no final" reúne seis personagens de Shakespeare pela primeira vez
Da Redação em 12 de Maio de 2022 Informar erroLocal: Casa de Cultura Laura Alvim ENDEREÇO: Av. Vieira Souto, 176, Ipanema CONTATO: 21 - 2332-2016 DETALHES: De 13 a 29/05/22 | Sextas e sábados, às 20h e domingos, às 19h | Ingressos: R$ 60 e R$ 30 (meia) | Vendas na bilheteria ou pelo site https://funarj.eleventickets.com/#!/home LINK: Clique aqui e visite o site Daniel Herz dirige o primeiro espetáculo presencial do grupo Há Um Motivo, no qual seis dos mais significativos personagens de William Shakespeare expõem seus conflitos e convidam o público a refletir sobre a vida e a condição humanaDesejos que vão de vingar o pai morto ao de se apossar de um trono. Um crime é cometido em nome de uma ambição. Uma jovem vive uma paixão proibida; outra, rebela-se contra casar. Não, não se trata de nenhuma nova série de streaming, mas das observações sobre o comportamento humano feitas por um gênio do teatro em idos do século XVII.O gênio em questão é William Shakespeare (1564-1616), não à toa considerado por especialistas o pai do teatro moderno, fascinando gerações até hoje. Uma prova disso está nos cinco jovens atores do grupo Há Um Motivo.Após um período de leituras e estudos da obra shakespeareana, escolheram seis dos mais significativos personagens do bardo e os colocam cara a cara em Nem todos morrem no final, que chega aos palcos sob a direção de Daniel Herz.As falas são originais e, a partir delas, foi criado o roteiro dramatúrgico por Nicole Musafir, integrante do grupo juntamente com Bernardo Pupe, Clara Nery-Brandão, Clarice Monteiro e Pedro Torquilho. O elenco conta ainda com Bob Neri como ator convidado.A montagem estreia no dia 13 de maio no teatro da Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro, onde fica em curta temporada até 29 de maio, de sexta a domingo. O espetáculo tem apoio do governo do estado do Rio de Janeiro através da sua Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Fundação Anita Mantuano de Artes e é uma realização da Caramello Produções.Ao longo de 52 anos, Shakespeare deixou 38 obras dramáticas. Elas estão divididas entre tragédias, comédias, dramas históricos e peças finais. O número de obras é questionável, uma vez que dois dos dramas históricos estão divididos cada um em três partes. Egressos de respeitados cursos de teatro, esses cinco jovens atores decidiram seguir com os estudos e iniciaram um processo de pesquisa desse legado, chegando, portanto, a seis peças.E quais são elas? A comédia “A megera domada”; o drama histórico “Ricardo III” e quatro tragédias: “Hamlet, o príncipe da Dinamarca”, “Rei Lear”, “Macbeth” e “Romeu e Julieta”. Escolhidos os textos, um desafio se impôs: quais os personagens a interpretar?Os escolhidos são Catarina (Nicole Musafir), de ‘A megera domada”; Hamlet (Bernardo Pupe), da tragédia de mesmo nome; Lady Macbeth (Clara Nery-Brandão), de “Macbeth”; Julieta (Clarice Monteiro), de “Romeu e Julieta” e Ricardo III (Pedro Torquilho), do drama homônimo. Outro papel escolhido foi o do rei Lear, confiado a Bob Neri, especialmente convidado para a montagem.Cada um desses personagens vive seus conflitos. Lear divide seu reino entre as três filhas e acaba por rejeitar Cordélia, a única que o ama de fato. Julieta apaixona-se por um jovem da família rival à sua. Hamlet quer vingar o pai, assassinado num conluio entre a mãe e seu tio. Lady Macbeth é cúmplice do marido num crime. Catarina rejeita o casamento por conveniência até encontrar num pretendente o seu reflexo. Ricardo não mede esforços para usurpar o trono que anseia... Como alinhar personagens tão cheios de idiossincrasias?A partir das falas originais, Nicole Musafir costurou um roteiro cuja trama suscita novas discussões. Um exemplo? A apaixonada Julieta e a contestadora Catarina expõem uma à outra suas visões sobre a sina de amar num embate que acaba por tratar de temas como o de seguir conveniências. A partir disso, Daniel Herz opta por uma direção calcada em realçar os conflitos (inter)pessoais dos personagens.O resultado é uma performance contemporânea a partir da obra de Shakespeare, sem que o texto seja sacralizado. No palco, cadeiras vão sendo realocadas pelos próprios atores na medida em que a trama avança, compondo novos cenários e corroborando o entendimento das questões propostas pelo roteiro. E o resultado mostra às novas gerações que Shakespeare é, sim, um clássico. E que continua atualíssimo.Elenco: Bernardo Pupe, Bob Neri, Clara Nery-Brandão, Clarice Monteiro, Nicole Musafir e Pedro Torquilho.Direção: Daniel HerzInstagram do grupo: @grupohaummotivo
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