Papai está na Atlântida
conta a história de dois irmãos, ainda crianças, que tentam reorganizar suas vidas depois da ida do pai para os Estados Unidos. Esse é o ponto de partida para a dramaturgia do autor mexicano Javier Malpica, que pela primeira vez é encenado no Brasil. O texto, premiado no México e nos EUA, faz uso do universo bem humorado e lúdico da infância para trazer à tona um dos assuntos mais importantes da atualidade: a migração. Basta uma rápida olhada nos noticiários pelo mundo para deparar-se com a proposta de um muro entre México e Estados Unidos, com o crescente xenofobismo na Europa; além das inúmeras tragédias, resultantes da tentativa desesperada de cruzar fronteiras em busca de melhores condições de vida.
No Brasil, temos vivenciado os dois lados da questão. No passado, recebemos muitos estrangeiros. Depois disso, nas últimas décadas, muitos brasileiros foram em busca de oportunidades na Europa, Japão ou Estados Unidos. Hoje em dia, essa situação prossegue, ao mesmo tempo em que bolivianos, haitianos e angolanos vêm para cá. Temos vivenciado os dois lados da moeda, daí a importância de trazer esse texto e essa temática para nossos palcos. Explica Delgado
Papai está na Atlântida traz ótimas performances dos atores Daniel Archangelo e Ricardo Gonçalves, além de um trabalho visual extremamente cuidadoso assinado por Ricardo Rocha, Luiz Paulo Barreto, e pelo próprio Guilherme Delgado. Papai Está na Atlântida é uma peça para dois atores adultos, que através do jogo de cena, interpretam duas crianças. A peça inteira é sustentada na relação entre os dois.
Ficha Técnica:
Autor: Javier Malpica
Direção: Guilherme Delgado
Elenco: Daniel Archangelo e Ricardo Gonçalves
Cenografia: Guilherme Delgado e Ricardo Rocha
Figurino: Ricardo Rocha
Iluminação: Luiz Paulo Barreto
Realização: Tentáculos Espetáculos
Fotos: Luiz Luz
Capacidade: 178 lugares (4 lugares para cadeirantes)
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos