Agora uma escola de artes, a instituição expandiu sua grade curricular, oferecendo aulas presenciais e a distância. Além do espaço original da Glória, foram criados novos pontos de ensino na Barra da Tijuca e em Niterói, além de uma parceria com o Centro Cultural Brasileiro em Londres.
Para o fundador e diretor da instituição, Reiner Tenente, a expansão irá contribuir para levar os valores humanistas e a missão de transformar a sociedade através da arte para diferentes espaços e povos.
- Um quadro pintado, uma canção ou uma peça não tem outra missão se não tocar as pessoas, seja para divertir, fazer pensar, emocionar ou impactar. E o artista precisa ter consciência disso. Ele não sobe ao palco somente por si mesmo. Existe um significado maior do que nós na arte, por isso, queremos usar do teatro musical para realizar sonhos e transformar a sociedade – explica Reiner.
A parceria com o Centro Cultural Brasileiro em Londres (CCBL) será a primeira vez que a escola oferece aulas fora do país. De forma online, o curso profissionalizante de teatro será destinado para brasileiros que moram na capital da Inglaterra. As disciplinas serão ministras nomes como Thiago Abravanel e Ícaro Silva. A previsão de início é para fevereiro. O corpo docente, liderado por Reiner, conta ainda com orientação artística do diretor João Fonseca, e a consultoria de empreendedorismo cultural da atriz Claudia Raia.
Dentro do cenário artístico, a instituição formou nomes de peso, como Giulia Nadruz, que participou de uma das primeiras turmas e hoje conta com 20 espetáculos no currículo, sendo 10 protagonistas. Quem também passou por lá foi Bel Lima, estrela de “Vicky e a Musa”, do Globoplay, Analu Pimenta, que hoje é atriz, cantora e dubladora, e Dennis Pinheiro, vencedor do prêmio de melhor ator no Festival de Cinema de Gramado.
- Nossa intenção é criar uma ‘esteira progressiva’, uma metodologia inclusiva para que qualquer pessoa, mesmo quem nunca teve contato com a arte, possa sair dali como um artista qualificado e pronto para entrar no mercado de trabalho, se apresentar ou desenvolver uma linguagem específica. E isso não abarca apenas quem está começando, mas todos querem continuar se reciclando e expandindo suas possibilidades – detalha.
Em dez anos de existência, O CEFTEM foi responsável por mais de 50 espetáculos, que cativaram mais de 120 mil pessoas ao redor do Brasil. Uma média de 4 mil alunos passaram pela escola, e muitos seguem carreira artística não apenas como atores, mas diretores, coreógrafos, figurinistas, entre outros.
Além disso, a organização constantemente desenvolve e participa de ações sociais, a fim de deixar a arte mais diversa, acessível e humana. Entre eles estão o CEFTEM Solidário, no qual um coro de alunos se apresenta em hospitais e o Sopão do Bem, onde entregam sopas e entretém pessoas em situações de rua, levando uma mensagem de esperança e fé.
- Acho que a arte só faz sentido quanto ela é inclusiva. Então temos ações destinadas aos corpos pretos e trans de baixa renda, pra trazer esses jovens pra dentro do palco. Recentemente iniciamos o “Na Real”, no qual vamos em 70 escolas apresentar espetáculos profissionais sobre os impactos do consumo do álcool para os adolescentes. É preciso cada vez mais utilizar do olhar artístico como um meio de reparação social – finaliza.
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https://www.ceftem.com.br/