ARTE E CULTURA >> Teatro
-
Rugas, comédia de sucesso faz temporada em Niterói
Da Redação em 12 de Setembro de 2019 Informar erroLocal: Teatro da UFF ( ENDEREÇO: Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói CONTATO: (21) 3674-7515 DETALHES: 07 a 29/09/19 - sábados e domingos, às 19h | Ingressos - R$50 / 25 (meia) LINK: Clique aqui e visite o site Com direção de Amir Haddad, o espetáculo Rugas gira em torno de uma cientista gerontóloga (que estuda o envelhecimento) e deseja fazer o tempo parar. Para isso, vai estudar no exterior e quase não tem mais contato com sua mãe.Até que um dia, durante uma palestra, recebe um telefonema da cuidadora dizendo que a mãe está muito doente e precisa ver a filha. O que ela vai fazer?A ideia do espetáculo começou com perguntas como por que as palavras velho, velha e velhice são usadas de maneira pejorativa? Por que os velhos sofrem preconceito e, muitas vezes, se veem desamparados e rejeitados? Como promover uma maior relação entre as gerações?Há três anos, as atrizes Vanja Freitas e Claudiana Cotrim estudam o tema e tentam responder essas perguntas – a dupla realizou dezenas de entrevistas com pessoas de 40 a 80 anos, leu livros que falavam sobre o assunto e se debruçou sobre trabalhos acadêmicos e artísticos.Esse material chegou às mãos do dramaturgo Herton Gustavo Gratto, que escreveu a comédia dramática Rugas, a partir da reflexão sobre essas questões (o autor foi indicado ao 6º Prêmio FITA de Teatro, na categoria Revelação por este texto).“Este é um assunto importante, tocante e delicado. Mas também bastante perigoso. Qualquer resvalo para o melodrama poderá colocar atores, personagens e a plateia num beco sem saída. Não somo eternos. Seria insuportável se fôssemos. Por isso a vida, assim como o teatro, tem que ser vivida até o fim. Como se fôssemos eternos. Eternamente velhos, eternamente novos”, avalia o diretor Amir Hadadd.Aos 65 anos, Vanja Freitas começou a vivenciar uma série de situações que a fez refletir sobre essa fase da vida.Ao lado de Claudiana Cotrim, de 48 anos, passou a observar como as pessoas mais velhas atravessavam a rua e como se relacionam com a cidade. Os livros A velhice 1 – a realidade incômoda e A velhice 2 – a relação com o mundo, de Simone de Beauvoir, e Como envelhecer, de Anne Karpf, também fizeram parte da pesquisa da dupla.“Eu espero que o público se divirta e reflita sobre essa fase da vida que pode ser criativa e poderosa. Queremos passar uma mensagem amorosa e incentivar as pessoas a olharem mais para os velhos”, conta Vanja. “Uma amiga de 89 anos me disse uma coisa interessante: ninguém se prepara para envelhecer. E qual é a outra opção de não envelhecer?”, completa a atriz.Na trilha sonora do espetáculo, estão músicas como Que sera, será, de Doris Day, um hino dos anos 1950, Jura, de Zeca Pagodinho, Meu mundo caiu, eternizada por Maysa, Fascinação, famosa na voz de Elis Regina, Bodas de Prata, de Maria Bethânia, entre outras.“A partir da relação delas, a gente propõe ao espectador que pense sobre algumas questões: o que você vai ser quando envelhecer? ou quando você se sentiu velho pela primeira vez? O público mais velho vai se identificar profundamente e os jovens vão ter a oportunidade de mudar seu pensamento a respeito do próprio futuro”, completa a atriz Claudiana Cotrim.
Texto: Hérton Gustavo GrattoDireção: Amir Haddad
Elenco: Claudiana Cotrim e Vanja Freitas
Iluminação: Marcelo Camargo
Figurino e cenografia: Lorena Sender
Preparação corporal: Claudiana Cotrim
Preparação vocal: Vanja Freitas
Fotografia e vídeos de ensaio: Ana Clara Catanhede
-
ARTE E CULTURA QUE PODEM TE INTERESSAR
Primeira escola de teatro musical do Rio, CEFTEM abre turmas em Londres, Niterói e Barra da Tijuca
Saiba Mais Carioquinhas - Um espetáculo musicado para crianças de todas as idades
Saiba Mais O premiado musical “Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças” volta ao cartaz na Cidade das Artes
Saiba Mais
-
COMENTE AQUI
O QUE ANDAM FALANDO DISSO:
- Seja o primeiro a comentar este post
-