No ano Brasil–França, a atriz Adriana Rabelo encerra a temporada do monólogo Visitando Camille Claudel, que comemora vinte anos de estreia. O espetáculo tem texto e direção de Ramon Botelho e revisita a vida da escultora francesa, abordando temas como equidade de gênero, saúde mental e luta antimanicomial.
A dramaturgia ressalta a busca de Camille por reconhecimento em um universo dominado por homens e a marginalização feminina no campo da arte e da saúde mental. Apesar de ambientada entre os séculos XIX e XX, a peça dialoga com questões atuais, como igualdade de gênero, estigmas sobre saúde mental e a luta pelo espaço da mulher no mercado de trabalho.
Mais do que a história de uma “louca esquecida”, a montagem propõe enxergar Camille como uma artista criativa e silenciada por um sistema opressor. A peça transforma dor em reflexão social, propondo a arte como denúncia e reparação simbólica.
No dia 24 de agosto, após a sessão, haverá um bate-papo com a filósofa, psicanalista e poeta Viviane Mosé.