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  • Vestida para morrer 3 vezes mostra virtual de vídeoarte com trabalhos de cinco artistas de diferentes regiões brasileiras

    Da Redação em 05 de Abril de 2021    Informar erro
    Vestida para morrer 3 vezes mostra virtual de vídeoarte com trabalhos de cinco artistas de diferentes regiões brasileiras
    Local: Zoom
    DETALHES: Retirada dos ingressos gratuitos: https://linktr.ee/rangdart
    LINK: Clique aqui e visite o site
    Idealizado pela performer Allegra Ceccarelli, "Vestida para morrer 3 vezes" apresenta cinco trabalhos de artistas de diferentes regiões brasileiras para falar de violência contra a mulher, hegemonia patriarcal e destruição do meio ambiente.
     
    A temática que une estes trabalhos é a mesma: o sangue. O menstrual, o do feminicídio e o “sangue” que a sociedade jorra diariamente sobre a terra (de onde brota a força simbólica do feminino) ao estabelecer uma relação insustentável com o meio ambiente.
     
    A mostra será exibida através da plataforma Zoom, com acesso via Sympla.
     
    O projeto também inclui lives com as artistas e oficinas de arte-ritual performativa ministradas por Ceccarelli, voltadas para ONGs de mulheres cis e trans, homens trans e pessoas não binárias. 
     
    “O patriarcado hegemônico que tira das mulheres o direito à vida é o mesmo que desmata o planeta, bem como o que criou o tabu secular em torno da menstruação. A indústria mundial de absorventes ainda nos vende a ilusão de ‘frescor e liberdade’. Todas estas ações violentas estão, lamentavelmente, conectadas”, afirma Allegra. 
     
    No dia 5 de abril, serão exibidos em ambiente digital pequenos cortes dos filmes autorais que compõem o projeto. Nos dias 10 e 11 de abril, será exibida a mostra “3 Sangues: da terra, do útero e do pulso”, com as videoartes produzidas pelos artistas: Allegra Ceccarelli, Bruna Brignol, Kali Saxa, Gael Jardim e Zahy Guajajara. Após a exibição haverá um bate-papo aberto ao público com a idealizadora e os quatro artistas convidados, através da plataforma Zoom, nos dois dias de mostra.
     
    “Vivo entre o Brasil e a Indonésia há seis anos, depois de ter morado por três em Londres. Em minhas andanças, conheci mulheres de diferentes culturas, que me instigaram a cocriar arte e processos. Esse projeto é fruto da relação e da troca com todas elas. Além de marcar o nascimento da minha companhia de arte-ritual RangdArt**, que une saberes ancestrais de bruxaria às técnicas da tradicional dança-teatro balinesa. A companhia surge da vontade de compartilhar arte, ancestralidade e aprendizados com mulheres do mundo todo. É um espaço aberto a colaborações diversas que dialoguem com o tema”, reflete Ceccarelli.

    (**Segundo a tradicional mitologia balinesa, Rangda é a bruxa, a rainha das trevas balinesa, adorada e temida ao mesmo tempo na ilha.)
     
    O projeto Vestida para morrer 3 vezes é destinado a todo tipo de público acima de 14 anos, em especial adolescentes que estão na fase da descoberta de seus corpos, mulheres (cis e trans), homens trans e pessoas não binárias. É também aberto a homens cis que tenham o interesse de se aprofundar sobre as questões feministas. 
     
    Sobre as videoartes:
     
    Allegra Ceccarelli: Vestida para morrer 3 vezes
    Concebido originalmente para ser um solo ao vivo e interativo, a adaptação da performance “Vestida para Morrer 3 Vezes” para o audiovisual, é uma ode a vida, a morte e a mãe natureza.  A artista Allegra Ceccarelli faz um paralelo entre os 3 tipos de sangue derramado: o sangue menstrual, o sangue das mulheres mortas pelo feminicídio e o “sangue invisível”, que a sociedade derrama diariamente sobre o meio ambiente.
     
    Gael Jardim: O Sangue Repudiado 
    A videoarte conta de maneira narrativa as perspectivas e vivências de Gael Jardim, homem trans, com seu corpo e sua relação pessoal com a menstruação. Neste projeto, Gael, criador do Canal Transcendendo, traz sua vivência e perspectiva acerca dos tabus sobre a menstruação.
    Historicamente, o sangue menstrual foi retratado como mistério ou repulsa ao longo de milhões de anos. A evolução humana possibilitou a evolução científica, medicinal, academicista e a compreensão de que outres gêneres podem entrar no rol de pessoas com útero e que menstruam. As identidades de gênero são para a Idade Nova, o despertar social de pertencimento e o reconhecimento de ser e existir no nosso planeta.
     
    Kali Saxa: As Aventuras de Sandy Sangrenta
    Em uma de suas encarnações, Sandy Sangrenta vem a terra para cumprir a missão de destruir tudo que vê pela frente, antes de se tornar uma galinha. Sandy Sangrenta é uma identidade performática menstrual da multiartista Kali Saxa, que atua no campo dos estudos da Estética Menstrual, conceito criado por Kali para abordar artisticamente uma subjetividade menstrual.  
     
    Video 1 - Sandy Sangrenta cozinha raiva
    Video 2 - Sandy Sangrenta e a origem
    Video 3 - Sandy Sangrenta e livre estou
     
    Zahy Guajajara: Pó de Urucum
    Pó de Urucum é uma arte-ritual da artista Zahy Guajajara, que dialoga por meio de imagens e de movimentos, trazendo questões políticas que atravessam o seu corpo indígena. A artista faz uma ressignificação com o sangue derramado dos povos originários através de um ritual para manter vivo quem já morreu e desenterrar os enterrados vivos.
     
    Bruna Brignol: Isso Não É Assunto de Criança
    “Isso Não É Assunto de Criança" é uma performance simbólica que, apoiada em fantasia, investiga a relação com as transformações que ocorrem no corpo a partir da menarca.
     
    Programação
     
    Dias 8, 15, 22, 29/03 e 05/04: compartilhamentos de vídeos curtos dos cinco artistas do projeto, no Instagram @rangdart.
    Dia 18 de março, às 20h: Live (via Instagram @rangdart) de Kali Saxa com Allegra Ceccarelli  
    Dia 25 de março, às 20h: Live (via Instagram @rangdart) de Gael Jardim com Allegra Ceccarelli
    Dia 01 de abril, às 20h: Live (via Instagram @rangdart) de João Maia P, editor dos filmes, com Allegra Ceccarelli
    Dia 08 de abril, às 20h: Live (via Instagram @rangdart) de Bruna Brignol com Allegra Ceccarelli
    Dias 3 e 4 de abril: Oficina de arte-ritual performativa com Allegra Ceccarelli, voltada para mulheres cis e trans, homens trans e pessoas não binárias e também ONGs que trabalhem com o mesmo público no zoom. 
    Dia 10/04, às 20:00: Mostra “3 Sangues: da terra, do útero e do pulso” aberta ao público geral, via Zoom, e também para ONGs de mulheres cis e trans, homens trans, pessoas não binárias e adolescentes, com o intuito de formarmos uma platéia diversificada. Bate-papo com os artistas ao fim.
    Dia 11/04, às 20:00: Mostra “3 Sangues: da terra, do útero e do pulso”. Sessão com acessibilidade: audiodescrição e tradução em libras. Bate-papo com os artistas ao fim.
    Idealização: Allegra Ceccarelli e RangdArt
    Direção de Projeto: Allegra Ceccarelli
    Performers Criadores: Allegra Ceccarelli, Bruna Brignol, Gael Jardim, Kali Saxa e Zahy Guajajara
    Filmagens: Bruna Brignol, Brunela Behring, Danielle Casa Alta, Felipe Rocha, Tonhão Nunes e Zahy Guajajara
    Edição: João Maia P,  Kali Saxa e Bruna Brignol
    Sonoplastia: Valesuchi
    Tradução em Libras: Claudia Jacob
    Audio Descrição: Virgínia Maria Barcellos e Felipe Monteiro 
     
    Vestida para morrer 3 vezes | Mostra “3 Sangues: da terra, do útero e do pulso”
    Quando: 8, 15, 18, 22, 25, 29 de março + 1, 3, 4, 8, 10 e 11 de abril de 2021
     
    Plataformas digitais:
    A mostra e as oficinas do projeto serão transmitidas via Zoom, com acesso liberado através do Sympla, para retirada de ingresso gratuito. Link: https://linktr.ee/rangdart
    Instagram do projeto: @rangdart


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