Em uma iniciativa voltada para a valorização dos professores da educação básica, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o governo federal apresenta, em novembro, o programa "Pé-de-Meia" para licenciaturas.
Ele oferecerá bolsas de apoio a estudantes que ingressarem na universidade com o intuito de seguir a carreira docente.
Ele detalhou que se trata de um incentivo para jovens que desejam seguir a carreira docente. “Dentro dessas ações, haverá um incentivo que permitirá aos jovens que estão fazendo o Enem ingressar na universidade com uma bolsa de apoio”, declarou.
Outro ponto importante a ser anunciado é a criação de um concurso unificado para professores em todo o Brasil, funcionando como uma espécie de Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltado para a contratação de docentes. O programa será opcional para as redes municipais e estaduais.
“Estou compartilhando essa informação em primeira mão. Um dos aspectos que considero fundamental é que a sociedade compreenda a importância do reconhecimento e da valorização dos professores no nosso país. Essa é uma discussão global”, afirmou o ministro.
O objetivo das ações é valorizar os professores e estimular o interesse dos jovens pela profissão, que enfrenta um risco de "apagão" em alguns anos, devido ao desinteresse crescente pela carreira.
Investimentos e Compromissos
Embora o cenário de cortes orçamentários seja uma preocupação no âmbito federal, Santana acredita que a educação não deve ser afetada. “Nenhuma política priorizada pelo Ministério foi inviabilizada por medidas econômicas do governo. Estamos expandindo a escola de tempo integral, com mais de um milhão de novas matrículas para o próximo ano, ampliando os recursos para o programa 'Pé-de-Meia', construindo institutos federais e novas universidades. Esses programas não sofrerão nenhum tipo de prejuízo”, garantiu.
O ministro informou que as ações de valorização dos professores deverão ser implementadas em 2025. “A educação não pode ter teto nem limitações orçamentárias, pois queremos ser um país desenvolvido. Nenhum país, como a China, Coreia, Singapura ou Finlândia, se desenvolveu sem investir na educação”, concluiu.
Fonte: Extra