O professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Davidovich foi escolhido como o vencedor da medalha TWAS 2025, honraria concedida pela Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês), orgão internacional associado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A premiação reconhece contribuições excepcionais de cientistas do mundo em desenvolvimento que impulsionam a ciência e a tecnologia globalmente.
Davidovich é referência mundial em óptica quântica e informação quântica, com pesquisas voltadas ao impacto do ambiente em sistemas quânticos. Graduado em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), é doutor em Física pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, e fez pós-doutorado no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça. É professor da UFRJ desde 1994.
Também foi professor visitante em alguns dos principais centros de pesquisas e universidades do mundo, como a Universidade de Cambridge, no Reino Unido; a Universidade Pierre e Marie Curie, na França; a Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos Estados Unidos; o Instituto Weizmann de Ciência, em Israel; e a Universidade de Freiburg, na Alemanha.
Ele recebeu o Prêmio TWAS de Física em 2001 e foi secretário-geral da TWAS de 2019 a 2022. Além disso, presidiu a Academia Brasileira de Ciências de 2016 a 2022 e, em 2010, recebeu o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia, o maior reconhecimento científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Ao agradecer pela honraria, Davidovich ressaltou o papel transformador da ciência. “É para mim uma grande alegria e honra receber este reconhecimento, pois ele vem de uma organização notável, que desempenha, através da excelência científica e cooperação, um papel importante para a paz, o entendimento e a mitigação da desigualdade entre países”, disse.
A premiação
Os prêmios da Academia são distinções especiais concedidas a cientistas do Sul Global, com o objetivo de reconhecer suas realizações de forma destacada. Essas honrarias estão entre as mais prestigiadas para a pesquisa e a aplicação da ciência e tecnologia voltadas ao desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento.
Além da medalha TWAS, a Academia também premia cientistas em áreas específicas do saber. Este ano, outros três brasileiros foram premiados em outras categorias: Ester Sabino, da Universidade de São Paulo (USP), na área de Medicina e Ciências da Saúde; Carlos Ricardo Soccol, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na área de Engenharia e Ciências da Computação; e Henrique Bursztyn, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), na área de Ciências Matemáticas.
Fonte: Conexão UFRJ