A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conquistou o 5º lugar entre as melhores instituições de ensino superior da América Latina, segundo o ranking da Quacquarelli Symonds (QS), consultoria britânica especializada em educação.
O levantamento, divulgado no dia 01/10, também destacou outras três universidades brasileiras entre as dez primeiras colocadas da região, reforçando a presença do país no cenário acadêmico latino-americano.
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, comemorou o resultado e lembrou que a universidade foi a melhor colocada entre as instituições federais do Brasil.
“Estamos muito felizes com o resultado porque enfrentamos muitas dificuldades orçamentárias e problemas infraestruturais. Ainda assim, graças ao empenho, dedicação e competência de nossos estudantes, servidores e docentes, mantivemos a nota e a posição do ano passado. Isso demonstra que, com mais recursos, certamente subiremos nesse ranking”, afirmou.
Além da UFRJ, a USP ficou em 2º lugar, a Unicamp em 3º e a Unesp em 6º. A USP perdeu o posto de melhor universidade da região, enquanto Unicamp e UFRJ mantiveram suas posições em relação ao ano anterior. Já a Unesp subiu duas colocações, consolidando uma trajetória de crescimento constante.
O ranking é liderado pela Pontifícia Universidade Católica do Chile, em Santiago, e avalia 437 instituições de ensino superior da América Latina e do Caribe. Entre os critérios analisados estão empregabilidade dos alunos, proporção de professores por estudante e reputação acadêmica, além de outros indicadores de desempenho.
Na Unicamp, o resultado foi recebido com satisfação. O pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Fernando Sarti, destacou que a posição da universidade é motivo de orgulho. “Já esperávamos ficar entre as cinco melhores. Obviamente que gostaríamos de estar em primeiro. Mas o terceiro lugar é bastante honroso”, disse, ressaltando a importância do ranking como instrumento estratégico para orientar decisões e políticas institucionais.
A Unesp, por sua vez, enfatizou o avanço obtido nos últimos anos. “Desde 2022, a universidade vem subindo posições impulsionada pela boa reputação de seu corpo docente, pelo forte engajamento dos discentes e pela influência de seus egressos no mercado de trabalho”, afirmou em nota oficial.
O Brasil teve 26 universidades entre as 100 melhores da região, ficando à frente de Chile (16) e México (14). Para o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter, o desempenho “excepcional” do país está relacionado à produtividade e ao impacto de suas pesquisas acadêmicas.
“Nos últimos anos, o sistema de ensino superior do país fez avanços importantes em inclusão, acesso e reforma de políticas, enquanto enfrentava desafios persistentes em taxas de conclusão e qualidade”, avaliou.
Apesar do bom desempenho em pesquisa, o Brasil ainda apresenta dificuldades no critério de reputação entre empregadores — apenas a USP figura entre as dez melhores nesse quesito. Entre as 26 universidades brasileiras no top 100, seis subiram de posição, 13 caíram e sete mantiveram a mesma colocação.