A Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7) liberou 252 chaves para os novos moradores do bloco B da Residência Estudantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que estava desativado depois de um incêndio ocorrido em 2017.
Com isso, a UFRJ dobrou a capacidade de atendimento que chegou a 504 estudantes.
Para Carlos Frederico Rocha, reitor da UFRJ em exercício, a iniciativa é crucial para os estudantes e demarca a posição da Universidade em favorecer grupos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
“É um movimento muito importante da Administração Central da UFRJ, que envolveu um engajamento relevante da PR-7, da Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6), da Prefeitura Universitária (PU) e do Escritório Técnico Universitário (ETU). Dobrar o número de vagas na Residência Estudantil é um passo importante que mostra que nossa Universidade é atenta à questão da permanência dos estudantes e da sensação de pertencimento à nossa instituição”, disse.
No bloco B, foram realizadas obras de substituição de janelas, cercamento do complexo residencial, construção de rampas de acesso ao prédio e reforma total de 84 módulos, com três quartos e um banheiro em cada um deles. Os módulos foram equipados com pia, armário, dispensa, geladeira, máquina de lavar roupas, forno de micro-ondas e mesa com duas cadeiras. Os quartos foram mobiliados com cama box, colchão de solteiro, ventilador de pedestal, mesa, cadeira, prateleira e armário embutido.
Além das obras realizadas, hoje a Residência também conta com manutenção para reparos emergenciais e brigada de incêndio. Dando continuidade à reestruturação da Residência Estudantil, há projetos que visam à construção de quartos para pessoas com deficiência, academia esportiva, sala de dança, biblioteca, laboratório de informática e quadra poliesportiva, bem como a instalação de câmeras de monitoramento, automação dos portões, interfones nos módulos e controle eletrônico de entrada e saída. “Tudo isso já está em fase de conclusão”, pondera Roberto Vieira, pró-reitor de Políticas Estudantis.
Segundo ele, após a criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que proporcionou a democratização do acesso ao ensino superior, a UFRJ, que tinha um corpo estudantil oriundo basicamente da região Sudeste, passou a ter estudantes de todas as regiões do país.
“Esse fenômeno, aliado à criação da Lei de Cotas, que reserva 25% de todas as vagas ofertadas para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, contribuiu bastante para o aumento da procura por auxílios moradia, fazendo com que exista uma grande demanda reprimida. Dessa forma, aumentar a oferta de moradias, assim como o número de auxílios financeiros para custear as residências, é extremamente importante. Na nossa gestão, dobramos tanto a oferta de moradias quanto o número de auxílios financeiros para custeá-las. Esperamos que as gestões futuras continuem trabalhando nesse sentido”, diz Vieira.
A notícia veio em boa hora para Lauan Correia, estudante do 2º período de Medicina. De Ilhéus/BA, Lauan conta que a residência estudantil é fundamental para conseguir estudar e viver no Rio.
“Sem a política de permanência da UFRJ, seria difícil eu me manter aqui, visto que não tenho familiares no estado e só vim porque fui aprovado na Faculdade de Medicina daqui. Então essa assistência está sendo essencial para que eu consiga permanecer no Rio de Janeiro”, disse Lauan.
Fonte: Conexão UFRJ