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  • Sady Bianchin, secretário de cultura de Maricá: “A cultura é uma economia infinita”

    Da Redação em 12 de Julho de 2021    Informar erro
    Sady Bianchin, secretário de cultura de Maricá: “A cultura é uma economia infinita”

    Conhecida como a “entrada da Costa do Sol”, a cidade de Maricá tem chamado a atenção por diversas iniciativas inovadoras como moeda local, tarifa zero em ônibus e bikes, reforma da orla e praças e uma robusta política cultural sob a coordenação de Sady Bianchin.
     
    Poeta, ator, diretor teatral, cineasta, jornalista, sociólogo e professor universitário, o respeitado artista ocupa pela segunda vez a pasta da cultura de Maricá.
     
    Em entrevista à Agenda Bafafá Rio, o Secretário Sady nos fala sobre as ações na área cultural de Maricá, com destaques para a execução de um Polo de Cinema e para o “Caminho das Artes”, que integrará as casas que pertenceram às cantoras Maysa Monjardim, Beth Carvalho e ao educador Darcy Ribeiro, localizadas no município.
     
    “O Caminho das Artes é um importante complexo de "museus casas" com estéticas e poéticas conceituais”, explica o secretário.
     
    Sady também quer criar o consórcio intermunicipal de inteligência cultural para a troca de projetos artísticos com os municípios vizinhos. “Nosso prefeito, Fabiano Horta, tem grande visão cultural e faz uma gestão solidária e humanística”, garante.
     
     
    Essa é sua segunda vez como Secretário de Cultura de Maricá, quais são os novos desafios?
     
    Como secretário, acredito que o diferencial na gestão pública, é fazer um bom planejamento cultural com metas definidas a curto, médio e longo prazo.
     
    Pensar em políticas públicas horizontais e estruturantes na administração dos espaços culturais (Casa de Cultura e as Lonas) e o fomento para a classe artística.
     
     
    Quais são as suas prioridades na pasta?
     
    Atualmente nossas prioridades são:
    • A implementação do Corredor Cultural, complementando o Complexo Cultural das Linguagens com o Teatro Municipal;
    • O Palácio da Cultura;
    • O Cinema Henfil; 
    • Uma política de editais para o Programa de Arte e Cultura - PROAC;
    • Um calendário de  eventos conceituais com festivais, envolvendo as culturas tradicionais, as culturas originárias e a cultura popular, único lugar que não somos colônia.
    E ainda: lançar os selos Maricá Musical, Maricá Livros, Maricá em Cena, Maricá em Foco, Maricá em Dança e Maricá de Versos.
     
    Ao transformar a cultura num exercício diário de cidadania, através do processo formativo das oficinas para as comunidades do Programa Maricá das Artes, incluímos os talentos oriundos destas oficinas na Cia de Teatro, na Cia de Dança e na Orquestra Sinfônica Popular Raul de Barros - OSPRB.
     
     
    Como vai funcionar o Polo de Cinema?
     
    O Polo de Cinema já é uma realidade junto com o Instituto de Ciências e Tecnologia de Maricá – ICTIM. Implementamos a primeira etapa da plataforma de streaming, o Maricá Filmes. Vamos rodar na cidade parte do filme "Revolução dos Malês", com direção de Antonio Pitanga.
     
    Efetuaremos a segunda etapa em estúdio com a Escola de Cinema, que irá capacitar nossos jovens para a pré e a pós produção, fazendo a inclusão social.
     
    A cultura é uma economia infinita, temos o desafio de preparar o município para ser sustentável neste campo das artes.
     
     
    E o Caminho das Artes?
     
    O "Caminho das Artes" é um importante complexo de museus a partir de casas com estética e poética conceituais.
     
    Trabalhamos junto à Companhia de Desenvolvimento de Maricá - CODEMAR para projetar o Turismo Cultural e a Museologia Social com políticas de invenções democráticas e interdisciplinares para a criação do Museu Casa Maysa Monjardim, Museu Casa Darcy Ribeiro, Museu Casa Beth Carvalho e o Museu das Artes Proibidas.
     
    Assim, redimensionamos e revitalizamos os espaços culturais e os deixamos integrados não apenas para o entretenimento, mas para o enriquecimento cultural do país.
     
     
    O que vem a ser o Consórcio Intermunicipal de Inteligência Cultural?
     
    O Consórcio Intermunicipal de Inteligência Cultural - CIIC é uma forma de lançar Maricá como candidata ao título da Cidade da Inteligência Cultural, que seria a primeira no Brasil conquistada junto à UNESCO e a partir daí discutir políticas cooperativas e solidárias com municípios vizinhos, propondo o intercâmbio de projetos artísticos.
     
     
    Quais outros projetos pretende implantar?
     
    Temos o desejo de fazer mostras dos artistas locais na capital através do projeto "Conexões Rio X Maricá”, para dar visibilidade e dimensão aos talentos maricaenses.
     
    Outro projeto é a criação da Casa das Ideias para fazer a gestação de políticas públicas em vários campos dos saberes. Pretendemos inaugurar estas teorias, que são as práticas do pensamento, com o Seminário sobre o Ano Darcy Ribeiro -  Guerreiro Onipresente do Brasil.
     
     
    Como o senhor convidaria nossos leitores a visitarem a cidade e os empresários a investirem em Maricá?
     
    Maricá é uma cidade linda e cenográfica, com um dos maiores complexos lagunares do mundo!
     
    Aqui você encontra praias, serras, um território de natureza exuberante e ótima estrutura turística. 
     
    A cidade é também inovadora em diversos setores sociais com tarifa zero em transporte público de ônibus e bicicletas, passaporte universitário, fazenda pública com agroecologia e um excelente hospital público, o Dr. Ernesto Che Guevara.
     
    Criamos também o Cinema Público de Rua Henfil e a moeda social Mumbuca, citando apenas alguns dos nossos atrativos. 
     
    Sob uma gestão humanística, o Prefeito Fabiano Horta lidera gestores/secretários competentes e apaixonados por Maricá que buscam a excelência em todos o setores em que atuam para beneficiar não somente a cidade, mas toda a região.
     
    Foto: Pierre Crapez/Divulgação


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      • Comentário do post claudio oliveira muniz:
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