Numa palestra em 2015, Bill Gates falou dos riscos que microorganismos ofereciam ao mundo e no quanto não estávamos preparados para uma pandemia. Investe-se muito em estratégias antinucleares e quase nada em sistemas para deter uma epidemia.
Naquela época, Bill Gates sugeriu que era hora de colocar todas as boas ideias para planejamento de cenários e treinamentos de profissionais de saúde em prática.
“Se algo matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, é provável que seja um vírus altamente contagioso do que uma guerra. Não mísseis, mas microorganismos”, previu Gates em sua apresentação.
Com base em outras experiências, como a terrível epidemia do Ebola na África, Bill apontou 5 caminhos:
- Sistemas de saúde fortes em países pobres, para que mães possam dar à luz em segurança, crianças tenham acesso a todas as vacinas e por ser lugares onde os surtos poderão ser vistos no início.
- Um corpo médicos de prontidão, com profissionais experientes e treinados para situações de epidemias.
- A união de profissionais da saúde e militares por conta da capacidade militar de se mover rápido, gerar logística e fazer uma área segura, grandes facilitadores para o trabalho dos médicos e enfermeiros.
- Realização de simulações e testes de epidemias (e não de guerra) para identificar em que locais estão as falhas.
- Mais investimentos em pesquisas em vacinas, medicamentos e diagnósticos, grandes aliados no combate aos vírus e outros micróbios.
Segundo Bill Gates, o placar estava em 1 (germes) x 0 (humanos). O tempo estava ficando curto, mas ainda não era motivo para pânico.
Com o Covid-19, vimos que muito pouco se investiu na área. Nem mesmo depois que o Ebola deu o alarme. Agora, além das milhares de vidas perdidas, podemos esperar os prejuízos financeiros em todo o mundo. Que fique a lição.
Vídeo do TED 2015 no
Youtube (tem legenda em português).