O Cais do Valongo passou por obras de valorização e ganhou um novo guarda-corpo, iluminação cênica, sinalização informativa no padrão mundial da Unesco e a exposição artística “Valongo, Cais de Ancestralidades” que conta a história do sítio arqueológico e sua relação com o território da Pequena África.
Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2017 e reconhecido como principal cais de desembarque de escravizados do continente, o Valongo foi redescoberto durante as obras da Prefeitura do Rio de revitalização da Região Portuária em 2011.
Na época, o município investiu mais de R$ 8 bilhões na região portuária, sendo mais de R$ 30 milhões no Cais do Valongo. Nesta fase atual de intervenções, o espaço recebeu
Foram seis meses de obras após amplo processo participativo sobre as intervenções com a população local e os movimentos negros da região.
O trabalho é uma parceria entre a Prefeitura do Rio, Iphan e Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). O IDG foi o responsável pela captação dos recursos e execução das obras do guarda-corpo, produção da nova sinalização e instalação da exposição artística com curadoria de Ynaê Lopes dos Santos, historiadora especialista na História da Escravidão e das Relações Raciais nas Américas.
Já a nova iluminação do sítio histórico foi implementada pela Rioluz, da Prefeitura do Rio, via contrato de parceria público privada (PPP) de iluminação com o consórcio Smart Luz. A nova iluminação pública especial poderá, por exemplo, aplicar cores no Cais em dias comemorativos ou em prol de causas sociais e culturais.
– Ao assumirmos essa gestão, colocamos como prioridade que o patrimônio cultural de matriz africana seria de fato o primeiro elemento que nós recuperaríamos com a aplicação do nosso orçamento. Estamos trabalhando para que a cultura de matriz africana seja valorizada como uma estratégia também de combate ao racismo e à desigualdade racial nesse país - destacou o presidente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass.
Esta é a segunda fase de intervenções, com investimento de R$ 2 milhões, em parceria com a empresa chinesa de energia elétrica State Grid Brazil Holding, via programa de financiamento do BNDES. A primeira fase das intervenções foi finalizada em 2019 em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos, com investimento de outros R$ 2 milhões. Na época, o escopo contava com pesquisa arqueológica e obras de conservação e consolidação da estrutura do Cais.
Fonte: Prefeitura do Rio