A pandemia do novo coronavírus não impediu que a Caixa Econômica Federal concluísse suas obras no edifício Aqwa Corporate, no Porto Maravilha, para onde vai transferir sua alta direção do Rio de Janeiro, a partir de agosto.
Atualmente, estão sendo instalados móveis e equipamentos nos 3 andares que serão ocupados pelo banco. Cerca de 1.100 funcionários irão para lá, com o plano de as primeiras 200 pessoas chegarem na segunda quinzena.
A vinda da Caixa vai aumentar o movimento na Região Portuária, o que deve trazer reflexos positivos para outros negócios, como restaurantes, bares, lojas e academias e intensificar o uso do VLT. A ocupação do Aqwa Corporate acontece ao mesmo tempo em que dois outros grandes grupos também decidiram ir para um dos mais modernos edifícios da cidade: o Icatu Seguros e a Enel Brasil.
Nos escritórios da Caixa no Aqwa Corporate estarão o gabinete do presidente do banco, Pedro Guimarães, o departamento jurídico e as superintendências no Estado do Rio.
Aqwa Corporate supera 70% de ocupação
Com o contrato da Caixa assinado, o Aqwa Corporate vai superar os 70% de ocupação. Essa era a condição que a Tishman Speyer, dona do edifício, havia estabelecido para estudar a construção de uma segunda torre ao lado da atual. A empresa também analisa fazer um empreendimento residencial na região, o Lumina.
A decisão da Caixa é um movimento que, ao final, valoriza os ativos do fundo imobiliário do Porto Maravilha que o próprio banco administra. O fundo é composto por terrenos, participações em imóveis e pelos Cepacs, títulos que permitem a construção acima do gabarito oficial na região portuária.
O fundo tem participação de 22% no edifício Aqwa, o que significa que vai receber parte do aluguel que a Caixa vai pagar para ocupar os 3 andares do edifício.
Os grupos Icatu Seguros e a Enel Brasil assinaram contratos para ocupar 5 e 4 andares do Aqwa Corporate, respectivamente. O Icatu é uma das maiores seguradoras do país, com 6,5 milhões de clientes. A Enel Brasil é a maior distribuidora de energia no território nacional, atendendo 17 milhões de clientes.
A Tishman Speyer, que possui outras áreas na região portuária, tem sede em Nova York e escritórios por toda América do Norte, Europa, América Latina, Índia e China. Seus investimentos em empreendimentos imobiliários ao redor do mundo são avaliados em mais de US$ 86 bilhões.
Essa lista inclui ícones internacionais como o Rockefeller Center e o Estádio Yankee, em Nova York; o Messeturm e Opernturm, em Frankfurt; Sony Center em Berlim; Centrium, em Londres; Lumière e Bourse, em Paris; dentre outros. No Brasil há 24 anos, desenvolveu alguns dos grandes marcos do mercado imobiliário de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
Fonte: Diário do Porto