Com as restrições de operações no Aeroporto Santos Dumont desde outubro passado, o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) está mostrando sinais de recuperação.
Este ano, a expectativa é que o número de passageiros alcance 14,2 milhões, um crescimento de 80%, e um recorde histórico de 4,6 milhões de viajantes internacionais.
Foram adicionados doze novos destinos nacionais aos 14 já existentes, e novas rotas foram estabelecidas para Dallas, além de mais voos para Miami, Nova York e Buenos Aires.
A RIOgaleão, concessionária responsável pelo aeroporto, projeta para 2025 um total de 16 milhões de usuários, um aumento de 12,6%. Apesar do crescimento, esse número ainda fica abaixo dos 17,4 milhões registrados em 2017 e da capacidade total do aeroporto, que é de 35 milhões de viagens anuais.
Para que o Galeão alcance o movimento previsto, especialistas sugerem a construção de novos hotéis próximos ao aeroporto, a realização de mais eventos no Rio para atrair turistas, e a implementação de um hub doméstico e de stopovers, permitindo aos viajantes passarem alguns dias na cidade antes de continuarem seu voo. Melhorias na segurança pública nas vias de acesso ao aeroporto também são consideradas essenciais.
— Essas melhorias não ocorrem imediatamente, mas gradualmente. Por exemplo, a transferência de voos domésticos do Santos Dumont para o Galeão começou há apenas nove meses. Já observamos um aumento significativo (29%) no volume de cargas nacionais chegando ao Tom Jobim — explicou Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, destacando que, apesar das mudanças, o número total de passageiros nos dois aeroportos aumentou.
No Santos Dumont, o número de pousos e decolagens caiu de quase 11 mil em setembro do ano passado para 6,3 mil em maio recente, com a quantidade de passageiros reduzida pela metade. Nesse mesmo período, os voos domésticos no Tom Jobim aumentaram de 3,2 mil para 6,3 mil, enquanto o número de passageiros nacionais mais que dobrou, impactando positivamente o transporte internacional.
Fonte: Selma Schmidt/O Globo