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• ​Franceses declaram amor ao Rio e dizem que o carioca é um vulcão em erupção

  Da Redação em 12 de Dezembro de 2019    Informar erro
  
  
  
  Apesar de mal tratada pelas autoridades, a cidade do Rio de Janeiro resiste e ainda agrada os estrangeiros que a visitam. Que o digam os amigos de infância franceses Clement Noguera (26) e Adrian Lambert (27). Naturais de Bordeaux, terra do famoso vinho, descobriram a cidade e se encantaram. O primeiro a vir foi Clement. Formado em biologia e professor de ciências naturais, chegou aqui em pleno carnaval e gamou. “Foi magnífico, fiquei hospedado numa república com outras 17 pessoas, provei a famosa caipirinha e no dia seguinte estava surfando no Arpoador”. 
   
  Não demorou e ele chamou o amigo de infância Adrian para conhecer a cidade. Filho de um francês e uma espanhola, Adrian garante que foi amor à primeira vista. Formado em geometria, mergulhador e professor de francês,  logo se sentiu em casa. “Foi um mix de emoções: alegria, calor humano, natureza exuberante e alta temperatura”.
   
  Mesmo sendo de uma cidade a uma hora do mar, os dois surfam desde os 13 anos. Eles garantem que as ondas do Arpoador são as melhores do Rio. Só ficam chateados porque têm de ir surfar de ônibus já que o metrô não permite o transporte de pranchas. “Vamos de ônibus mesmo, apesar do espanto geral dos passageiros vendo dois “gringos” embarcando”, brinca Clement.
   
  Dos dois, apenas Adrian está namorando. Seu coração foi fisgado por Luara, natural de Cachoeira de Macacu. Clement parece decidido a permanecer solteiro. “Não quero envolvimento, abro logo o jogo para não criar falsas expectativas”, segreda.
   
  Em dois anos de Brasil, moraram na favela do Cantagalo, já foram a Foz de Iguaçu, Florianópolis e Salvador e já encontram tempo para desfilar na Marquês de Sapucaí.
   
  Sobre a situação do país, lamentam as queimadas na Amazônia e a desigualdade social. E o fato da camiseta amarela ser usada nos protestos de rua. “O amarelo é do Brasil, não de um grupo político, é um ícone da cultura brasileira”, diz Adrian. E completa: “Esperamos que fique a lição para os brasileiros não caírem em boatos de fake news e elejam bons governantes”. “O brasileiro precisa ir para as ruas”, complementa Clement.
   
  Clement está voltando para a França, mas promete voltar. “O carioca é um vulcão em erupção e tem uma cultura musical incrível”. “Nunca vi um povo gostar tanto de farra como o carioca”, afirma Adrian.
   
  Se depender da empolgação, ambos prometem morar um dia no Brasil. “Queremos mergulhar na cultura brasileira e com certeza a cidade escolhida será o Rio de Janeiro”.
   
   
  
  
  

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