Conhecido o Michelangelo dos botequins, o pintor Nilton Bravo é autor de mais de 2.000 pinturas em botequins, bares e restaurantes do Rio de Janeiro. Nascido em 1937 e falecido em 2005, era um pintor autodidata que tinha como tema a natureza. Ele seguiu os passos do pai, o também pintor Lino Pinto Bravo com quem aprendeu a pincelar.
Sua obra está espalhada por toda a cidade, do Leblon à Região Portuária, Zona Norte, Centro, Bairro de Fátima, entre outros. Apesar de seus painéis terem sido tombados durante a gestão do prefeito Saturnino Braga, muitos se perderam durante reformas ou o fechamento de bares.
Segundo o jornalista Carlos Heitor Cony, Nilton pode ser comparado a Michelangelo dos botequins ou a Vinícius de Moraes dos pincéis.
Seus paineis podem ser vistos, entre outros lugares, no Bar Jobi, no Leblon, no Bar Sulista na Gamboa (foto principal), no Bar Brasília, no Cachambi, na Adega Flor de Coimbra, na Lapa e no Bar Tempero do Nordeste, no Bairro de Fátima.
Na década de 1980, Nilton Bravo passou a pintar principalmente telas, algumas expostas em galerias de arte e alcançando igualmente sucesso e visibilidade na imprensa.
Chegou a ocupar a cadeira 40 da Academia Brasileira de Belas Artes. Seu último painel foi no Bar Belmonte de Copacabana, mas a obra foi retirada sem explicação.
Seus trabalhos incluiam paisagens da Praia de Copacabana, Corcovado, Pão de Açúcar e Aterro da Glória.