Se há algo que tira o carioca do sério, é sinal fechado. O mais odiado é o das Ruas Coelho Neto com Pinheiro Machado, em Laranjeiras, onde motoristas amargam incríveis dois minutos e 45 segundos parados, para então cruzar em míseros 20 segundos.
Outro sinal que atormenta é o da esquina da Rua J.J. Seabra com a Av. Borges de Medeiros. No horário de pico, às 18h, nos dias de semana, ele abre por apenas 23 segundos, ficando fechado por longos um minuto e 50 segundos.
No Leblon, na esquina da Avenida Visconde de Albuquerque com a Rua Mário Ribeiro, a espera também é torturante. O sinal fica verde por 29 segundos, mas impõe aos motoristas um vermelho de um minuto e 53 segundos.
Quem domina o mapa de atalhos e sabe escapar dos piores sinais é visto como um verdadeiro especialista em driblar o caos do trânsito.
Carlos Santos, motorista carioca típico, tem ódio visceral pelos sinais. Ele sabe de cor os locais onde a paciência é posta à prova e evita esses pontos como o diabo foge da cruz. Seus amigos o chamam de "O Mestre dos Atalhos", porque conhece cada ruazinha, beco e viela que o livram dos engarrafamentos.
"Sinal ruim não me pega; eu pego outro caminho antes", diz Carlos sorrindo.