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  • Projeto de naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas completa primeiro ano com resultados significativos

    Da Redação em 22 de Junho de 2024    Informar erro
    Projeto de naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas completa primeiro ano com resultados significativos

    O processo de naturalização é uma solução baseada na natureza para acabar com os constantes alagamentos da região - Fabio Motta/Prefeitura do Rio


    O projeto de naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, iniciado no dia 20 de junho de 2023, completou seu primeiro ano com resultados significativos.
     
    A iniciativa da Prefeitura do Rio, por meio da parceria da Subprefeitura da Zona Sul com a Fundação Rio-Águas e com a coordenação técnica do biólogo Mário Moscatelli e sua filha, a paisagista Carolina Moscatelli, já apresenta uma explosão de biodiversidade na área naturalizada.
     
    Realizado em uma área de 1.500 metros quadrados na altura do Parque do Cantagalo, o processo de naturalização é uma solução baseada na natureza para acabar com os constantes alagamentos da região, que ainda era cortada por um trecho da ciclovia.
     
    Com o projeto, o percurso da ciclovia foi modificado e, depois de mais de 100 anos com sucessivos aterramentos, a Lagoa está voltando a crescer. Uma iniciativa que vai ao encontro do modelo de “Cidades Esponja”, utilizado para oferecer soluções às áreas inundáveis.
     
    – O projeto de naturalização, que completa um ano, é um pequeno fragmento daquilo que foi tomado da Lagoa ao longo dos anos. Rapidamente já mostra em sua exuberância vegetal e animal o quanto os processos naturais, quando não contrariados, podem colaborar decisivamente para a qualidade ambiental das demais espécies e da vida humana. Sem a necessidade de megainvestimentos, mas unindo a colaboração do poder público e da iniciativa privada, é possível resolver de forma eficiente em termos ambientais. Esse é o caminho. Se o caminho não for seguido será necessário pagar um preço alto em termos financeiros e de vidas humanas – explicou Moscatelli, coordenador-técnico do projeto, biólogo, mestre em ecologia e especialista em gestão e recuperação de ecossistemas costeiros.
     
    Durante o evento, a Prefeitura também anunciou que a Fundação Rio-Águas está licitando o segundo trecho do projeto, na altura do Parque dos Patins. Será devolvida uma área de 485 metros quadrados à Lagoa e parte da ciclovia será desviada.
     
    O trecho que alagava será reintegrado ao corpo hídrico e, assim como ocorreu no primeiro trecho, servirá de habitat para animais e berçário para plantas nativas. Os serviços incluem a retirada de pavimentação, aumentando a área permeável da margem, recolocação de cerca protetora em novo alinhamento e a construção do passeio em concreto. A licitação está marcada para o dia 26 de junho.
     
    O subprefeito da Zona Sul, Bernardo Rubião, ressaltou que a subprefeitura acertou na parceria com o Mário Moscatelli para solucionar a questão dos alagamentos no entorno da Lagoa:
     
    – Quando poder público e cientistas caminham juntos, a probabilidade de acertar é muito maior. Esse projeto é um sucesso e, em breve, vamos iniciar a naturalização do segundo trecho, na altura do Parque dos Patins.
     
    O presidente da Fundação Rio-Águas, Wanderson Santos, falou da importância de soluções como esta para a cidade.
    – Estamos comemorando um ano deste projeto de naturalização na Lagoa Rodrigo de Freitas. Antes, essa área era degradada e sofria com alagamentos. Os resultados já percebemos aqui, com ganhos ambientais e de biodiversidade. É uma nova forma de pensar a cidade, com soluções baseadas na natureza e mais sustentáveis. Esse projeto é um gesto simbólico de devolver essa área para a Lagoa. Temos ainda uma segunda etapa que vai recuperar outro trecho, próximo ao Parque dos Patins, nos moldes do que fizemos aqui, eliminando um ponto de alagamento na ciclovia.
     
    A paisagista Carolina Moscatelli explicou sobre a transformação da área com a naturalização.
    – A área de naturalização da Lagoa, antes um gramado e trecho de ciclovia periodicamente inundados, hoje abriga espécies de brejo, transição e restinga que se comunicam com a franja de manguezal pré-existente. Esse mesmo modelo vem sendo utilizado em países como a Alemanha, em áreas urbanas, no sentido de aumentar a permeabilidade do solo e incrementar a população de insetos polinizadores, essenciais para a reprodução vegetal. Após quase um ano da implantação do projeto, notamos que o local foi bem recebido e se tornou mais um abrigo para a fauna. Passando pela área, mesmo em dias de grande movimento na lagoa, como final de semana e feriado, o local nos remete aos sons de áreas verdes isoladas da malha urbana. O som de grilos, gafanhotos, insetos polinizadores e insetos que promovem o controle biológico, tal como as libélulas, ecoam na região e nos mostram que essa pequena franja de área naturalizada no coração da zona sul virou lar para inúmeras espécies.
     
    Fonte: Prefeitura do Rio


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