Em mais um fato surreal no Rio, os representantes do Santuário Cristo Redentor, responsáveis pelo monumento, foram barrados por guardas do Instituto Chico Mendes. Nada menos do que o reitor do Santuário, Padre Omar foi impedido de passar pela guarita de acesso quando se encaminhava para realizar um batizado. O santuário afirma haver hostilidade dos seguranças do parque.
Leia a nota oficial
O Santuário Cristo Redentor repudia os atos hostis do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), uma autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, contra a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
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De maneira recorrente, o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar, bispos e outros religiosos do Rio de Janeiro, juntamente com fiéis e convidados da Igreja que participam das missas, casamentos, batizados e ações culturais promovidas pelo Santuário Cristo Redentor, passam por constrangimentos para acessarem o Santuário.
Os gestores do Parque Nacional da Tijuca inviabilizam a servidão de passagem, entre outras ações vilipendiosas.
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Hoje, mais uma vez, Padre Omar e os fieis foram impedidos de acessar o Santuário Cristo Redentor quando estavam a caminho de um batizado, marcado às 7h30. O sacerdote, a criança e familiares
foram travados na guarita localizada na Estrada das Paineiras, que dá acesso ao Santuário.
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Após ficarmos, no ano de 2019, vários meses sem funcionamento das escadas rolantes e elevadores na região do Alto Corcovado, obrigando idosos e pessoas com deficiência a passar inúmeras dificuldades e constrangimentos, mais uma vez ficamos à mercê do ICMBio, a partir dos funcionários do Parque Nacional da Tijuca.
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No dia 3 de setembro, fomos mais uma vez constrangidos e numa celebração litúrgica onde os convidados da Arquidiocese do Rio de Janeiro não puderam chegar ao Santuário Cristo Redentor. Após a oração, seria oferecido café da manhã gratuitamente aos convidados. O Parque Nacional da Tijuca também vetou o acesso de água aos convidados, violando o direito fundamental à saúde e ao bem-estar dos presentes.
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No dia 2 de setembro, os funcionários da empresa terceirizada que faz a gestão da iluminação do Cristo Redentor, que possuem veículos autorizados para o trabalho, foram barrados na guarita da Estrada das Paineiras pelos seguranças contratados pelo Parque Nacional da Tijuca.
Eles estavam subindo para iluminar o monumento na cor verde em uma ação para chamar a atenção da população para a importância da doação de órgãos, que salva vidas, uma ação de iluminação na área de saúde entre tantas que o Santuário Cristo Redentor realiza.
Da mesma forma, os veículos da Secretaria de Estado de Saúde, cujas informações de placa, modelo e cor já tinham sido enviadas ao Parque Nacional da Tijuca, também foram barrados na guarita.
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Esse bloqueio vem acontecendo há alguns meses. Enumeramos alguns acontecimentos dos últimos dias. No dia 22 de agosto, a fiscalização do ICMBio falhou ao não identificar turistas franceses que ficaram na mata após o encerramento da visitação de domingo.
Na manhã do dia 23, o monumento foi acessado ilegalmente pelos turistas franceses, que arrombaram os cadeados da porta de acesso ao interior do monumento e subiram até a cabeça e os braços do Cristo Redentor, atentando contra a própria integridade física. O acesso ao monumento sem autorização configurou violação contra a propriedade da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
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Além disso, nesse momento, no Alto Corcovado não há operação de lojas comerciais, incluindo as de alimentação, por conta de querelas judiciais entre o Parque Nacional da Tijuca e os lojistas.
Dessa forma, os visitantes não podem se alimentar nem ao menos se hidratar no local, sem que levem o próprio alimento ou água.
Também por conta do fechamento das lojas, o banheiro mais próximo ao platô (área de visitação do Santuário Cristo Redentor), que ficava no restaurante, também foi fechado, impedindo que o público pudesse utiliza-lo.
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Nos últimos meses, a postura dos seguranças do Parque Nacional da Tijuca tem sido hostil em relação ao reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar, e aos funcionários do Santuário.
Dessa forma, o ICMBio, mais uma vez, tem a postura de relativizar a autoridade da Igreja, que cuida, com todo o zelo, do monumento ao Cristo Redentor e do Santuário Cristo Redentor no alto do Morro do Corcovado, cuja propriedade é da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
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O Santuário Cristo Redentor é o primeiro santuário a céu aberto do mundo. A área compreende todo o platô, ou seja, toda a área de visitação do público. Símbolo nacional dos sentimentos cristãos do país, é um espaço originalmente sagrado, que acolhe pessoas de todos os lugares do mundo. No dia 12 de outubro de 2021, será celebrado o 90º aniversário do monumento ao Cristo Redentor, com um calendário de atividades que está sendo preparado pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.