Da Redação em 04 de Setembro de 2022 - Informar erro
O Sistema Único de Saúde (SUS) teve início em 1988. Ele é fruto do esforço dos profissionais da saúde para criar um sistema público eficiente, confiável e de qualidade para toda a população.
Com a recente crise sanitária decorrente da Covid-19, o SUS se revelou peça chave no combate e na prevenção à doença. Graças a rede de profissionais do SUS foi possível enfrentar a pandemia em melhores condições, superando inclusive alguns países desenvolvidos.
Antes do SUS, o acesso à saúde era limitado e diversas doenças causavam mortes precoces.
Com mais de 30 anos de existência, o SUS é uma referência e oferece uma série de serviços que são reconhecidos internacionalmente por sua extensão e complexidade.
O SUS é um dos grandes marcos e conquistas de direitos garantidos, para toda a população brasileira. Isso porque, a partir da implementação desse sistema público, todos os brasileiros passaram a ter direito à saúde universal e gratuita, garantido na Constituição do Brasil.
O SUS promove a justiça social, com atendimento a todos os indivíduos. Além disso, é o maior sistema público de saúde do mundo, atendendo a cerca de 190 milhões de pessoas, sendo que 80% delas dependem exclusivamente desse sistema para tratar a saúde.
No Brasil, o SUS tem como porta de entrada preferencial a Atenção Primária à Saúde (APS), que busca solucionar os problemas de saúde enquanto ainda não são tão graves. Assim, além de gerar uma economia com tratamentos intensivos, evita sequelas e incapacitação a longo prazo.
Países com sistemas nacionais de saúde, a exemplo o Brasil, Inglaterra, Canadá e Cuba, têm como base e porta de entrada uma Atenção Primária à Saúde (APS) forte e resolutiva, de modo a se tornarem mais satisfatórios para a população e gerarem menores custos.
Em países como os Estados Unidos, no qual não existe um sistema público, a população necessita recorrer ao sistema privado para conseguir atendimento. O problema disso são os preços muito altos, segregando e impedindo que grande parte da população tenha acesso aos cuidados em saúde.
No caso do Brasil, existem mais de 40 mil unidades básicas de saúde espalhadas em todo o território nacional, inclusive nos lugares mais remotos do país.
Conheça cinco serviços do SUS que todo mundo usa
Vacinação - As campanhas de vacinação oferecidas pelo SUS colaboram para a erradicação de diversas doenças. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um dos serviços com mais destaque internacionalmente. A partir dele, todas as faixas etárias e classes sociais, bem como a maior parte do território nacional, são alcançadas e imunizadas pelas vacinas disponibilizadas pelo SUS. Ele ministra cerca de 20 tipos de vacinas e faz a vigilância residencial e pública de surtos de Zika, Chikungunya e Dengue, ligados ao Aedes aegypti.
SAMU - O Serviço de Atenção Móvel de Urgência tem como finalidade prestar socorro e assistência a população, fazendo o transporte do paciente, através das ambulâncias, para os hospitais e centros especializados em urgência e emergência. Esse serviço é de extrema importância, pois a eficiência do transporte, independentemente da situação, possibilita o salvamento de vidas.
Esse serviço atende cerca de 65% da população e conta com helicópteros e ambulâncias, sendo essencial não só para os casos de emergência de saúde residenciais, mas também para casos de acidentes.
Transplantes - Segundo o Ministério da Saúde, mais de 90% dos transplantes de órgãos no Brasil são realizados pelo sistema público de saúde. O SUS possui uma rede de assistência bastante estruturada em todo o país, oferecendo todos os procedimentos e acompanhamentos necessários para que o transplante de órgãos seja feito de forma segura e adequada, tanto antes da cirurgia quanto após ela.
A fila de espera e as questões burocráticas envolvendo a liberação do transplante são coordenadas, também, pelo SUS. Além disso, após o transplante, o fornecimento dos medicamentos que serão utilizados por toda a vida do paciente transplantado, e que são considerados de alto custo, são fornecidos pelo SUS.
Tratamentos - Os tratamentos de câncer, de HIV, tuberculose e tratamentos crônicos são todos oferecidos pelo SUS. Por serem muito caros, em países onde não há um sistema público, muitas pessoas morrem por não terem condições de arcar com o tratamento dessas doenças.
A diabetes, por exemplo, é uma das doenças crônicas mais comuns e, em muitos países, as pessoas não conseguem tratamento por causa do alto custo. Dessa forma, o custeamento que o SUS oferece garante que as pessoas possam cuidar da sua saúde de forma plena.
Diversos outros tratamentos são oferecidos pelo SUS, mas até mesmo muitos pacientes que possuem planos de saúde fazem retirada de medicamentos para seus tratamentos nas farmácias das unidades básicas de saúde. Isso porque os tratamentos, muitas vezes, têm custo elevado ou requerem uso crônico de medicamentos.
Vigilância Sanitária e Epidemiológica - A vigilância sanitária atua no dia-a-dia de todos os brasileiros, fiscalizando a qualidade de diversos estabelecimentos e serviços, como restaurantes e o fornecimento de água.
Diversas doenças precisam ser tratadas no campo do que chamamos de “saúde coletiva”, coisa que nenhum plano de saúde seria capaz de fazer. Ou seja, nenhum plano de saúde teria como dar conta de qualquer tipo de surto, epidemia ou pandemia provocada por doenças infectocontagiosas.
Na prevenção da dengue, Zika e Chikungunya não adianta cuidar da água parada do seu quintal se não houver o trabalho coletivo feito pelos agentes de combate a endemias do SUS. O SUS regula nosso sistema de água potável e esgoto, a qualidade da carne que comemos, a higiene dos restaurantes que frequentamos e os medicamentos que usamos.
Além disso, através da vigilância epidemiológica, o SUS desempenha um papel fundamental na detecção, mapeamento e na prevenção de doenças transmissíveis e seus fatores de risco.
Fonte: FeSaúde - Niterói