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  • Câmeras especiais registram duas espécies inéditas no Parque Natural Municipal de Niterói

    Da Redação em 08 de Janeiro de 2024    Informar erro
    Câmeras especiais registram duas espécies inéditas no Parque Natural Municipal de Niterói

    Foto: Divulgação


    As câmeras especiais instaladas pela Prefeitura de Niterói no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) mostraram duas espécies que nunca tinham sido registradas no parque: um Jacu (Penelope obscura), ave considerada extinta da fauna do parque há alguns anos, e um caxinguelê (Sciurus aestuans), um tipo de roedor. Também foi flagrado um cachorro do mato (Cerdocyon thous) passeando na mata.
     
    A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) está mapeando, por meio de fotos e vídeos, os exemplares da fauna que habitam o parque. Os equipamentos foram adquiridos pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) e as imagens são usadas para estudos e desenvolvimento de futuras ações de proteção dos animais do local.
     
    “Esses registros mostram que a fauna vem se restabelecendo gradativamente, à medida que o reflorestamento e o aumento de espécies nativas frutíferas se consolidam. Quanto mais a floresta se regenera, maior a população de animais. O trabalho de proteção e recuperação de florestas urbanas de Niterói tem sido reconhecido mesmo a nível internacional, como aconteceu quando a FAO (órgão da ONU) lançou uma publicação sobre florestas urbanas e só duas cidades da América Latina foram citadas: Niterói e Lima. Nossas áreas verdes são oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável e de qualidade de vida para a sociedade”, destaca o prefeito de Niterói, Axel Grael.
     
    Os técnicos da SMARHS montam “armadilhas fotográficas”, câmeras ativadas automaticamente para fotografar e gravar animais em estado selvagem com a menor interferência humana possível.
     
    O objetivo é produzir imagens de espécies, principalmente aquelas de difícil visualização pelos pesquisadores, como espécies noturnas e raras. Os equipamentos não são invasivos, não causam incômodo e nem promovem qualquer tipo de lesão nos animais. As armadilhas ficam em um local da mata por um período de 30 dias para observação e depois são levados para outra parte do Parque.
     
    “Com as armadilhas fotográficas conseguimos observar os animais. O jacu é o grande dispersor de sementes da mata atlântica e é um animal chave para a biodiversidade da flora e para uma floresta saudável. Já registramos o cachorro do mato em uma outra vez, mas é a primeira vez que filmamos ele se alimentando de gambás e isso mostra que o ecossistema está em equilíbrio e a espécie não precisa da cidade para sobreviver.
     
    Já o caxinguelê é um tipo de esquilo da Mata Atlântica e que, geralmente, fica muito dentro da vegetação, então foi a primeira vez que conseguimos capturar imagens dele”, explica o coordenador e supervisor do grupo de trabalho do Parnit, Alex Figueiredo.
     
    Também foram registradas imagens do gavião-carijó e do murucututu-de-barriga-amarela, espécies de aves comuns em áreas de vegetação nativa, mas que nem sempre são vistas pelos visitantes do parque.
     
    A coordenadora do Setor de Áreas Verdes da Secretaria de Meio Ambiente, Fabiana Barros, afirma que o trabalho de monitoramento de fauna que vem sendo realizado pela equipe do parque, em parceria com voluntários, é de grande valia para o conhecimento e desenvolvimento de futuras ações de proteção à fauna local.
     
    “Os resultados têm demonstrado que o ecossistema florestal encontrado do Parnit é um ambiente favorável ao estabelecimento de espécies que não eram mais avistadas no município. A ideia é replicar esse projeto em outros parques municipais de modo a expandir mais ainda nosso conhecimento sobre o tema”, disse Fabiana.
     
    Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de Niterói


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