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  • Descobertas duas espécies de árvores frutíferas em áreas de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro

    Da Redação em 12 de Maio de 2023    Informar erro
    Descobertas duas espécies de árvores frutíferas em áreas de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro

    Uvaia-pitanga (Eugenia delicata) - Foto: Divulgação


    Duas espécies de árvores frutíferas, ameaçadas de extinção, foram descobertas em áreas de proteção ambiental nos municípios fluminenses de Niterói e Maricá. A descoberta foi feita por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Ceará (UFCE).
     
    Com frutos comestíveis e saborosos,  foram encontradas em localidades no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Niterói e Maricá), Parque Natural Municipal de Niterói, Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia (Maricá), e na Área de Proteção Ambiental do Morcego (Niterói), da Fortaleza de Santa Cruz, dos Fortes do Pico e do Rio Branco (Niterói).

    As espécies foram nomeadas como Eugenia delicata (uvaia-pitanga) e Eugenia superba (cereja-amarela-de-niterói). Ambas pertencem ao gênero Eugenia, um dos mais diversos da flora brasileira, e produzem frutos comestíveis e saborosos para o ser humano, e também para a fauna silvestre, que dispersa suas sementes.
     
    Ambas são árvores altas e emergentes de florestas secas existentes nos morros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no domínio do bioma Mata Atlântica. A uvaia-pitanga tem o tronco marrom e fissurado, padrão semelhante ao de diversas outras espécies de Eugenia. No entanto, a copa pode ser reconhecida pelos ramos longos e pêndulos, com folhas relativamente pequenas e delicadas, sendo por isso nomeada de Eugenia delicata.
     
    Já a cereja-amarela-de-niterói tem o tronco avermelhado ou creme dependendo da estação do ano, com casca esfoliante, lembrando o tronco das goiabeiras. É uma espécie de tronco reto, copa larga e caducifólia (perde as folhas durante o período seco). Devido ao majestoso porte das árvores observadas, os pesquisadores deram-lhe o nome de Eugenia superba.
     
    As descobertas foram descritas em um recente artigo publicado na revista científica inglesa Kew Bulletin, periódico do Royal Botanic Gardens, Kew. No texto, os pesquisadores alertam que as espécies recém-descobertas já devem ser consideradas ameaçadas de extinção, segundo os critérios da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), organização global que dispõe das diretrizes para avaliações de risco.
     
    “As descobertas mostram a importância das unidades de conservação municipais e estaduais que protegem as florestas urbanas do Estado do Rio de Janeiro. São florestas riquíssimas, que certamente abrigam muitas outras espécies ainda não descobertas pela ciência”, afirma Thiago Fernandes, doutorando da Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (ENBT/JBRJ), e autor principal do artigo.
     
    Fonte: Jardim Botânico do Rio de Janeiro


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