O estado do Rio de Janeiro está avaliando a criação e implementação, até 2025, de duas novas áreas de proteção marinha estaduais, incluindo o Parque Estadual Marinho das Praias Selvagens (Grumari-Prainha).
Essas serão as primeiras unidades de conservação marinha sob a gestão do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O anúncio ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) na Colômbia, alinhado às metas do Rio para alcançar 30% de conservação marinha até 2030, conforme o Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, de 2022.
Atualmente, já existem o Parque Natural Municipal da Prainha e o Parque de Grumari, que focam na proteção do solo, área em que o estado já atingiu a meta de 30% de conservação. A nova reserva marinha em estudo abrange cerca de 2.200 hectares e conta com o apoio da The Nature Conservancy (TNC), uma ONG global dedicada à conservação ambiental.
De acordo com a Secretaria de Ambiente, há diversas etapas até a implementação das novas unidades marinhas. Marie Ikemoto, subsecretária de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade, ressaltou a importância das parcerias para ampliar o conhecimento sobre a área marinha, que ainda carece de dados.
Além da área de Grumari-Prainha, o Inea considera a criação de uma reserva marinha em outra região do estado, possivelmente na costa do Norte Fluminense. Entre os critérios de seleção estão a presença de espécies ameaçadas, remanescentes de manguezais, potencial de visitação e características de uso econômico.
Eduardo Pinheiro, gerente das Unidades de Conservação do Inea, destacou que as praias selvagens do Rio, como Grumari e Prainha, são locais de alta biodiversidade que necessitam de conservação devido à intensa visitação. Ele também mencionou que outras regiões estão sendo avaliadas para estudos adicionais.
Fonte: Extra