Fundado em 1911, o Aeroclube do Brasil, também conhecido como Aeroporto de Manguinhos, inicialmente era sediado em Santa Cruz até se mudar para um terreno da Fundação Oswaldo Cruz onde funcionou entre 1936 e 1959.
Em dezembro de 1959, nas proximidades do aeroporto, um avião da Vasp se chocou com uma aeronave de treinamento da FAB e deixou mais de 40 mortos. Os destroços dos aviões caíram sobre seis casas no bairro de Ramos, matando também moradores.
A tragédia, a maior da aviação brasileira na época, criou dúvidas sobre os riscos de o tráfego aéreo em Manguinhos interferir em vôos dos aeroportos Galeão e Santos Dumont.
Com o acidente que envolveu um avião de treinamento da aeronáutica e um Viscount quadrimotor turboélice, com desfecho trágico que causou vítimas, inclusive no solo, atingindo pessoas que aguardavam atendimento em um consultório de dentista no bairro de Ramos, as autoridades resolveram afastar do lugar o aeroporto.
Foi considerada muito perigosa sua localização nas proximidades do aeroporto do Galeão e assim, mesmo sem nada a ter a ver com a tragédia, foi interditado depois do sinistro.
Em 1960, o aeroclube teve seus hangares e torre de controle foram demolidos e se transferiu para o Aeroporto de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca.
Em 1982, na área do antigo aeroporto, o governo federal construiu 1.500 casas para pessoas que moravam em palafitas da favela da Maré. O novo bairro, batizado de Vila do João — em homenagem ao então presidente da República, o general João Figueiredo, que governou o país de 1979 a 1985 —, fica próximo à Ilha do Pinheiro, ligada ao continente por meio de aterros.
Fonte: Wikimapia
Foto: Memórias do Subúrbio Carioca/FB