De 1969 a 1971, a Zona Sul acompanhou uma obra que mudaria a cara de um cartão-postal da cidade: a duplicação da Avenida Atlântica. Utilizando bombeamento de areia, a distância entre a fachada dos prédios e a praia passou de 21 para 73 metros e a área ganhou calçadões, estacionamentos, seis pistas de automóveis e um moderno interceptor oceânico para captar o esgoto do bairro.
O projeto do engenheiro Raimundo de Paulo Soares foi executado no governo Negrão de Lima por sugestão do arquiteto Lúcio Costa.
Coube a Roberto Burle Marx desenhar os mosaicos de pedras portuguesas, em preto, branco e vermelho, para representar as etnias que formaram o Brasil. Ao longo dos anos de 1972 e 1973 foi executada a pavimentação da grande calçada junto aos prédios e nos canteiros centrais.
A ideia era que os desenhos pudessem ser vistos do alto. No calçadão à beira-mar, Burle Marx manteve as ondas projetadas no início do século XXl (copiadas da Praça do Rocio, em Lisboa), mas aumentou as curvas, criando o efeito que ficou conhecido no mundo todo.
Apesar da beleza estética proporcionada pela obra, muita gente critica afirmando que o recuo do mar prejudica o banho já que as ondas estouram altas na praia. Em dias de ressaca, o banho chega a ser proibido.