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  • Antigo Palácio da Justiça do Distrito Federal, uma construção neorrenascentista italiana no Centro do Rio

    Da Redação em 10 de Maio de 2021    Informar erro
    Antigo Palácio da Justiça do Distrito Federal, uma construção neorrenascentista italiana no Centro do Rio
    Local: Centro Cultural do Poder Judiciário
    ENDEREÇO: Rua Dom Manuel, 29 - Centro
    DETALHES: Fechado para visitas durante a pandemia, o local está funcionando como posto de vacinação contra a Covid-19
    Com obras que levaram quatro anos, o antigo Palácio da Justiça do Distrito Federal foi inaugurado em 1926. É resultado de um projeto de arquitetura eclética de inspiração neorrenascentista italiana, assinado pelos arquitetos Gabriel Fernandes e Fernando de Nereu Sampaio, e executado pelo engenheiro Leopoldo de Melo Cunha Filho.
     
    O salão histórico do Tribunal do Júri foi inspirado no estilo clássico francês dos séculos XVI e XVII e decorado por obras de Carlos Oswald, gravador, pintor, vitralista e autor do desenho final do Monumento ao Cristo Redentor.
     
    Com a instauração do Estado Novo, passou por reformas que incluíram a colocação de esculturas em mármore, lustres de bronze e painéis pictóricos, além de mobiliário novo.
     
    Antes de ser construído o palácio, o terreno abrigava um teatro e mesmo com o novo edifício o seu entorno era cercado de bares, pequenos comércios e barbearias, tudo demolido no início dos anos 40.
     
    No interior do palácio aconteceram eventos de grande repercussão, como a promulgação do Código Penal, em 7 de dezembro de 1940. O Tribunal de Justiça funcionou no prédio até a transferência da capital federal para Brasília, em 1960.
     
    Com a criação do estado da Guanabara no mesmo ano, passou a existir ali um tribunal de justiça estadual até 1974. Nesse ano, foi inaugurado o novo Palácio da Justiça, na Avenida Erasmo Braga.
     
    A fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, em 1975, fez surgir o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Mais recentemente, aconteceram no prédio do palácio pelo menos dois julgamentos de grande comoção popular: o de Paula Thomaz, do caso Daniella Perez, assassinada em 1992, e o dos envolvidos no caso Tim Lopes, em 2002.
     
    No primeiro pavimento do Palácio da Justiça ficam salas do Centro Cultural do Poder Judiciário. Em relação ao acervo, o destaque é a Sala de Figurinos, onde estão reunidos roupas e adereços de época. 
     
    No mesmo andar, a Sala Multiuso oferece 60 lugares para apresentações de concertos de câmara, por meio do programa Música no Palácio, fruto de uma parceria com a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
     
    No segundo pavimento ficam o Salão dos Bustos e o Primeiro Tribunal do Júri. No terceiro, o Salão dos Espelhos, o Plenário do Tribunal, o Salão Nobre e o Museu da Justiça. 
     
    Suspensa desde o início da pandemia, a visita teatralizada era a grande atração desde janeiro de 2011. A proposta surgiu do desejo de abrir as portas do palácio à população, servindo como um polo de cultura e memória.
     
    Os anfitriões são personagens associados à Justiça, como Rui Barbosa, a deusa Têmis e os imperadores de Bizâncio, Justiniano e Teodora. Visitas abertas ao público aconteciam aos sábados, enquanto escolas e grupos nos dias de semana. 
     
    Fonte: Sandra Machado/Multirio
    Fotos: Centro Cultural do Poder Judiciário
     


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