O bairro Catete abriga um incrível acervo de construções históricas tombadas pelo Patrimônio Histórico, entre eles o Museu da República, antigo Palácio do Catete, um importante polo turístico e cultural da cidade.
Seu índice de qualidade de vida, em 2010, era de 0,927, colocando o bairro na 17º posição entre os bairros do Rio. É o 12º bairro mais valorizado da cidade, segundo o índice de valorização imobiliária, beneficiado, sobretudo, por sua localização estratégica dentro da capital fluminense, ligando o Centro da cidade à Zona Sul.
Apesar disso, o abandono do poder público, entre eles, a subprefeitura da Zona Sul, é visível. Apesar de abrigar dezenas de hotéis, bares e restaurantes, as ruas estão tomadas de ambulantes e é difícil até de circular pelas calçadas.
Recentemente, as calçadas ganharam barracas gigantes, tipo feira livre, de vendedores de pastéis e caldo de cana. "Começou com uma, mas já são pelo menos quatro em toda a extensão da rua do Catete", conta a comerciante Denise Barros.
Além de dezenas de ambulantes, algumas lojas expõe seus produtos nas calçadas, dificultando a circulação.
Para tentar amenizar a situação, no dia 01º de fevereiro, a subprefeita da Zona Sul, Ana Ribeiro, recebeu em seu gabinete o jornalista Ricardo Rabelo, administrador do grupo Amigos do Catete e Arredores no Facebook que conta com cinco mil seguidores.
"A conversa foi ótima, a Ana foi super gentil e solícita, mas até hoje nenhuma providencia foi tomada em relação às propostas apresentadas", conta Ricardo. Segundo ele, Ana Ribeiro ficou de designar um assessor para percorrer as ruas do bairro, mas nada aconteceu ainda.
Os moradores reclamam principalmente da falta de ordenamento no bairro. "Entendemos a pandemia e que as pessoas precisam trabalhar, mas não pode ambulantes ocuparem até as esquinas, dificultando a travessia e a circulação de pedestres", opina Francisco dos Santos, porteiro.
Nem mesmo o decreto sanitário do prefeito é respeitado. Várias barracas de sanduíches são montadas nas esquinas de madrugada com mesas e cadeiras vendendo bebidas até o amanhecer. "Isso já foi encaminhado à Ana Ribeiro que não deu retorno", garante Ricardo.
Os moradores esperam mais empenho e eficácia da subprefeitura para resolver a situação.