O Circuito da Gávea, que existiu de 1933 e 1954, possuía um traçado de rua com mais de 11 quilômetros que contornava o Morro Dois Irmãos. As corridas paravam o Rio e chegavam a reunir 300 mil pessoas.
Com corredores brasileiros e estrangeiros, a largada era na Rua Marquês de São Vicente, quase em frente a então sede antiga do A.C.B. O trajeto seguia pelas Avenidas Bartolomeu Mitre, Visconde de Albuquerque, Niemeyer e Estrada da Gávea, onde atualmente é o bairro da Rocinha.
Com mais de 100 curvas e diferentes tipos de piso (asfalto, cimento, paralelepípedo e areia), o traçado era um verdadeiro desafio à perícia e ao arrojo dos pilotos.
O local de largada, em que os carros cruzavam os escorregadios trilhos de bonde, aumentavam o nível de periculosidade. Tudo isso junto rendeu o apelido de “Trampolim do Diabo” ao Circuito da Gávea.
A dificuldade do circuito, que exigia grande perícia dos pilotos, aliados à beleza da paisagem, contribuíam para sua fama.
A subida pelo atual Parque da Cidade, com curvas fechadas, aliadas ao traçado da avenida Niemeyer, faziam desta prova um verdadeiro desafio.
No entanto, o próprio circuito da prova destacava as belezas da cidade, que se mostrava assim como um possível destino turístico internacional.
A subida da Rocinha, com 2 km de distância e 170 metros de altura, continha um dos locais mais desafiadores do circuito: os cotovelos em Z, chamados de trampolins, daí a origem do apelido da corrida.
A volta mais rápida aconteceu em 1952 com o piloto paulista Chico Landi e o incrível tempo de 7min 03s. Landi foi o recordista também de vitórias tendo ganhado três vezes.
Fonte: Wikipédia
Fotos: Arquivos diversos