A Lavanderia dos escravos do Parque Lage é remanescente do Império quando o local era o engenho de açúcar Del Rey que se estendia até a Lagoa Rodrigo de Freitas. Ela fica localizada atrás do palacete e como o próprio nome diz era usada pelos escravos para lavar a roupa dos fidalgos.
É uma das curiosidades menos conhecidas do Parque Lage, um dos recantos mais encantadores do Rio de Janeiro. Além de abrigar a Escola de Artes Visuais, o local tem um jardim tropical maravilhoso com muitas atrações: brinquedos infantis, aquário, lago, gruta, oca indígena, áreas de piquenique, cafés e eventos interessantíssimos.
A história do lugar é de cinema. Em 1920, a antiga fazenda foi comprada pelo empresário Henrique Lage. Amante das artes, ele apaixona-se e casa-se com a cantora lírica italiana, Gabriela Besanzoni. Para agradar a artista, manda construir uma réplica perfeita de um “palazzo romano”, e reformula parte do projeto paisagístico.
Dois grandes portões se abrem à Rua Jardim Botânico, nº 414, para os caminhos cercados de palmeiras imperiais que levam à mansão, projetada pelo arquiteto italiano Mario Vodrel. A fachada principal tem pórtico saliente, totalmente revestido de cantaria. O casarão, construído em torno de uma piscina, tem mármores, azulejos e ladrilhos importados da Itália. As pinturas decorativas dos seus salões foram assinadas por Salvador Paylos Sabaté.
Os jardins que cercam a casa fazem parte do Parque Nacional da Tijuca. São organizados de forma geométrica e o entorno compreende 52 hectares de floresta exuberante, com variedade de espécies da Mata Atlântica, nas encostas do Maciço do Corcovado e ao lado do Jardim Botânico.
Fonte: Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Foto: Viajar Correndo