O belíssimo conjunto da Igreja e do convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca, guarda um registro importante da história do Brasil. Pouca gente sabe, mas no claustro do Convento estão sepultados religiosos e nomes como Grandjean de Montigny (1776-1850), Luís Vaía Monteiro (1660-1732), Sousa Caldas (1762-1814), além de familiares de Dom Pedro I e Dom Pedro II, princesas, príncipes, além de frei Vicente do Salvador (1564-1639), cofundador do convento.
O mais notável do convento é a sacristia setecentista, construída por volta de 1714 e considerada a mais bela do Rio de Janeiro.
Pouco se sabe sobre os autores das obras da sacristia, decorada com armários entalhados, azulejos portugueses, teto com molduras barrocas e pinturas sobre Santo Antônio, piso com mosaicos de mármore português e um magnífico arcaz de madeira de jacarandá, entalhado e assinado pelo português Manuel Alves Setúbal em 1745.
Perto da sacristia, se encontra outra magnífica peça: um lavabo português esculpido em mármore de Estremoz. Esta sala atualmente guarda uma mesa de jacarandá de estilo manuelino que pertenceu ao frei Francisco de Santa Teresa de Jesus Sampaio, um dos próceres da Independência do Brasil. Sobre esta mesa foi redigida a declaração lida pelo príncipe regente Dom Pedro em que este jurou permanecer no Brasil após ser convocado a retornar a Portugal, em 9 de janeiro de 1822.
As catacumbas se localizam em um pátio nos fundos da construção, junto ao mausoléu onde estão depositados os restos mortais dos seguintes infantes da Família Imperial Brasileira: os Príncipes da Beira e D. Miguel (1820-1820) e D. João Carlos (1821-1822); as princesas D. Paula Mariana (1823-1833) e D. Maria Amélia (1831-1853), filhos e filhas de D. Pedro I com a Imperatriz D. Leopoldina e a Imperatriz D. Amélia respectivamente; os príncipes imperiais D. Pedro Afonso (1848-1850) e D. Afonso Pedro (1845-1847), filhos de D. Pedro II e de D. Teresa Cristina e também D. Luísa Vitória (1874-1874), filha natimorta da Princesa D. Isabel e do Conde d'Eu.
Há ainda junto ao altar direito da Igreja o túmulo de D. Pedro Carlos (1786-1812), primeiro marido de D. Maria Teresa, além de sobrinho de D. João VI, e infante de Espanha e Portugal.
Em tempos de pandemia as visitas estão suspensas. O responsável é o Frei Roger se encarrega da agenda pelo telefone 2262-0129.
Fonte: Wikipedia