O Rio de Janeiro é quase um museu ao ar livre tamanha a quantidade de obras artísticas espalhadas pela cidade. Na Praia do Flamengo, no edifício Guarabira, o hall de entrada tem um grande mosaico do artista plástico Paulo Werneck.
O mosaico foi produzido em 1955, dois anos depois da construção do edifício projetado pelo escritório de MMM Roberto Arquitetos.
Nascido em 1907, no Rio de Janeiro, Werneck iniciou a carreira com desenhos, quadros, vitrais e relevos esculturais. Nos anos 40, abraçou a técnica dos painéis em mosaico, por indicação dos irmãos Roberto, empresários da construção civil no Rio de Janeiro.
Paulo Werneck era o caçula de nove irmãos. Parte de sua infância foi vivida em Feliz Consórcio, fazenda da família em Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro.
Ele iniciou sua carreira profissional, com a publicação de desenhos na revista A Época, dos estudantes de direito da Universidade Federal. A seguir, ilustra diversos livros e periódicos como Revista Souza Cruz, Fon-Fon, Para Todos, Esfera, Diretrizes, Sombra, Rio Magazine e os jornais A Esquerda, Diário de Notícias, A Manhã, Correio da Manhã, Tribuna Popular, Para Todos, Imprensa Popular e outros.
Em 1935, inicia as atividades como desenhista no escritório de MM Roberto. São de sua autoria as perspectivas de apresentação do projeto do então jovem arquiteto Marcelo Roberto para a Associação Brasileira de Imprensa – ABI, o primeiro edifício modernista a ser construído no Rio de Janeiro, em 1938. O projeto foi vitorioso no concurso promovido pela instituição.
Em 1943, por encomenda do arquiteto Oscar Niemeyer realiza painel em mosaico para a Casa de Juscelino Kubitschek, assim como conjunto de azulejos para o complexo da Pampulha em Belo Horizonte, entre eles, a Igreja, a Casa do Baile, o Iate Clube e o Cassino. No mesmo ano, realiza cinco painéis figurativos para o terraço do edifício do Ministério da Fazenda, no Rio de Janeiro.
Paulo Werneck faleceu em 1987, aos 80 anos, vítima de câncer.