O Palácio da Fazenda teve sua pedra fundamental lançada em outubro de 1938 e está em funcionamento desde 1943. A entrada do prédio foi inspirada no desenho de templos gregos e, por isso, possui colunas em estilo dórico, de 9,5 metros de altura.
O caráter clássico da edificação também transparece no pórtico: 32 baixos-relevos em mármore, chamados de métopas, foram entalhados para retratar as principais atividades geradoras de renda do país.
No interior do palácio, esculturas, lustres, cinzeiros, móveis, porcelanas e pinturas, entre outros itens, se distribuem por 107.000 m2 de área construída, onde circulam diariamente cerca de 4.500 funcionários.
Depois de reconhecido como patrimônio cultural pela Prefeitura em fevereiro de 1997, todo o conjunto arquitetônico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2005.
O Ministério da Fazenda é o órgão responsável por gerir e ordenar as riquezas produzidas no Brasil. De início se chamava Secretaria de Estado dos Negócios do Brasil e da Fazenda, e sua repartição, Real Erário, em consonância com a nomenclatura vigente em Portugal.
Foi criado pelo príncipe regente D. João, logo após a vinda da corte para o Rio de Janeiro, em 1808. Treze anos mais tarde, durante o período de regência de D. Pedro I, o nome mudou para Tesouro Público.
A nomenclatura atual, no entanto, é republicana. No governo do Marechal Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa assumiu o cargo de ministro, promovendo uma reforma monetária e bancária, a fim de estimular a passagem de uma economia essencialmente estruturada sobre base agrícola para a atual, mais moderna e assentada, também, sobre a indústria.
Mas permanece, aí, um paradoxo: a expressão “fazenda” passou a designar bens, produtos de créditos e recursos provindos de sesmarias e de terras produtivas – as fazendas –, sendo oficialmente adotada em 1891.
Além do gabinete, disponível para quando o ministro está na cidade, na representação administrativa do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro funcionam agências bancárias, instalações regionais do Tribunal de Contas da União, a Procuradoria Regional da Fazenda Nacional, a mais importante biblioteca sobre Economia do país e o Museu da Fazenda Federal, entre outros órgãos e serviços.
Distribuídos em 14 pavimentos, espaços grandiosos e uma vista de tirar o fôlego, tinha tudo para transformar o endereço em mais um ponto turístico da Cidade Maravilhosa.
Texto: Sandra Machado/Multirio