A Ponte do Guandu ou, como hoje é conhecida, Ponte dos Jesuítas, localiza-se na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, em Santa Cruz e foi concluída pelos jesuítas em 1752 com a finalidade de regular o volume das águas das enchentes e para facilitar a ligação de Santa Cruz com outras fazendas. Era uma ponte-represa.
Possui quatro arcos chamados “óculos”, onde passavam as águas do Rio Guandu, que os padres jesuítas, por meio de comportas de madeira, controlavam, retendo-as ou liberando-as conforme a ocasião exigisse. Logo após a drenagem do excesso de água plantava-se o arroz nos campos para aproveitar a fertilidade do solo deixada pelos húmus.
Enquanto o arroz crescia, os pastos eram preparados nos pontos mais altos e secos, onde se distribuía o gado. Santa Cruz chegou a alcançar 13 mil cabeças de gado distribuídas em 22 currais, todos cercados.
A Ponte dos Jesuítas é prova da capacidade e dos conhecimentos dos jesuítas na área de engenharia, pois para a época, é uma obra de grande envergadura. É um patrimônio histórico, arquitetônico e artístico de grande importância, sendo um dos primeiros patrimônios históricos tombados no Brasil já em 1938, com inscrição de tombo número 003.
Com a canalização do rio Guandu, o conjunto arquitetônico da “Ponte dos Jesuítas” está destituído de sua função original, mas constitui um dos mais belos e raros monumentos da arquitetura jesuítica do Rio de Janeiro.
Fonte: Wikipedia