Uma coisa que pouca gente sabe é que o Rio de Janeiro tem 22 rios debaixo do concreto e asfalto, correndo em galerias. Só na área de Botafogo desembocam os rio Berquós e Banana Podre, como o próprio nome sugere, muito poluído.
Na década de 60 foi criada a galeria de cintura de Botafogo, construída ao longo da Praia de Botafogo para receber águas pluviais e dos rios Banana Podre e Berquó.
Nas estações secas, estas águas seguem para Estação de Tratamento, que separam a lama e lixo e a água é encaminhada para o Interceptor Oceânico na Praia Vermelha e Emissário Submarino de Ipanema. Em períodos com temporais, o efluente segue diretamente para praia.
O Rio Berquó nasce no Humaitá e desaparece sob o asfalto descendo pela Rua Mena Barreto até o cemitério São João Batista, sob as tumbas, até desembocar na baía.
O Banana Podre tem a nascente no Morro Dona Marta e desemboca na enseada de Bofotogo descendo paralelamente à Rua São Clemente pelos terrenos de algumas mansões, estando a descoberto ainda em algumas propriedades.
São ainda descritos dois rios em Botafogo que seguem para galeria de cintura: Rio Casca de Jaca - na altura da Rua Professor Alfredo Gomes e o Rio Laranja Bichada - na altura da Rua São Clemente.
"Na Enseada, há dois rios que chegam completamente podres (despejando esgoto), o Banana Podre e o Berquó e as autoridades, mais do que alertadas, não fazem nada”, diz o biológo Mário Moscatelli.
O Rio enterrado mais famoso é o Carioca que vem do Cosme Velho até o Parque do Flamengo. Ele tem uma estação de tratamento antes de chegar à Praia do Flamengo.